Montanha Mágica* Arte e Paisagem

3º Edição

O terceiro encontro internacional Montanha Mágica* prossegue na evocação da Paisagem enquanto modo de ver, compreender, representar e fabricar o território, na medida em que tais processos são interdependentes da capacidade de exaltação simbólica e poética, mas também pragmática e crítica que, no seu cada vez mais extenso e multimediático campo, a Arte trabalha.

Considera-se aqui a Paisagem como um fenómeno tangível, que pode ser visto mas também nos toca, que representamos mas também nos constitui enquanto pessoas: “O mundo e eu somos um no outro”, diz Merleau-Ponty, reflectindo sobre essa fugaz coincidência do fluxo do espaço e do tempo, da vivência e da distância, de como embora distintos, “as coisas passam por dentro de nós, assim como nós por dentro das coisas”. De sorte que a paisagem nomeia essa travessia interior, esse “rebanho errante de sensações” e acasos de que é feita a substância durável do mundo.

Tendo o Antropoceno como ciclorama, a MM* é uma plataforma que magnetiza visões heterodoxas de artistas e investigadores que, a pretexto do encontro com a montanha epitomizado pela obra-prima de Mann, reclamam neste fórum uma progressiva e mais aguda indexação da estética à ética como estratégia de combate à degradação que o capitalismo global vem inflingindo ao ecossistema, de que somos parte. Nessa procura de convergência e de reforço da comunidade a MM* cruza distintos públicos e gerações.

À semelhança das precedentes, a Montanha Mágica* culmina no simpósio e nas exposições. Além das actividades que decorrem na UBI, Covilhã, envolve residências artísticas na Serra da Estrela (Seia, Sabugueiro e Manteigas) e em Trás-os-Montes. A produção resulta de uma parceria entre os cursos do Departamento de Artes, em especial o Doutoramento em Media Artes, o LABCOM, o Museu de Lanifícios, a Faculdade de Belas Artes da Universidade do País Basco e o Grupo de Investigação LaSIA, contando com os preciosos apoios das câmaras municipais de Vinhais e da Covilhã. MM*2021 © Francisco Paiva

Calendário

REUNIÃO DA COMISSÃO CIENTÍFICA
25 NOV 2021, 10-12h, Auditório do Museu de Lanifícios, Covilhã

EXPEDIÇÃO
25 NOV. 14h - Visita à Serra da Estrela / 30 lugares / Ponto de encontro: portaria da UBI

RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS / PROJECTOS
JUN > NOV 2021, Serra da Estrela, Malufa, Covilhã, Manteigas, Sabugueiro, Vinhais

SIMPÓSIO
26 NOV 2021, 09-18h, Auditório do Museu de Lanifícios, UBI

EXPOSIÇÕES
26 NOV 2021 > 05 JAN 2022, Galeria das Fornalhas, Galeria de Exposições Temporárias do Museu de Lanifícios; Galeria do Teatro Municipal

Simpósio

MONTANHA MÁGICA* ARTE E PAISAGEM


26 NOVEMBRO 2021
Auditório do Museu de Lanifícios, UBI Google Maps


9:00 - Abertura

  • Mário Raposo, Reitor da Universidade da Beira Interior
  • Américo Rodrigues, Director-Geral das Artes
  • Regina Gouveia, Vereadora da Cultura da Câmara Municipal da Covilhã
  • André Barata, Presidente da Faculdade de Artes e Letras da UBI
  • Rita Salvado, Directora do Museu de Lanifícios
  • Anabela Gradim, Directora do Labcom - Comunicação e Artes
  • Sara Velez, Presidente do Departamento de Artes da UBI
  • Francisco Paiva, Coord. plataforma Montanha Mágica* Arte e Paisagem


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09:30 - Roberto Ramos de León, INDOC - CDAN, Huesca A montanha, protagonista das iniciativas europeias de arte e natureza

10:00 - Laura F. Gibellini, Facultad de Bellas Artes de la U. Complutense de Madrid Drawing Mountains—Depicting the Invisible

10:30 - Daniel Moreira e Rita Castro Neves, FBA U. Porto / Escola de Macieira
Por um caminho de pé posto

11:00 - Unai Requejo, Facultad de Bellas Artes U. País Vasco / Euskal Herriko Un.
Paisaje sin lente: aplicaciones del escaner 3DLidar en la creación.

11:30 - António Meireles,Helena Genésio, Jacinta Costa e Mário Cardoso, Instituto Politécnico de Bragança, Laboratório de Artes na Montanha - Graça Morais
Sementes da Montanha

12:00 - Frederico Dinis, CEIS20, U. Coimbra
Performatividade da Memória da Paisagem

12:30 - Projecção dos filmes, resultantes da residência artística no âmbito da MM* 2019:
-- Cores de outono (2020), 7’, Realização: Lucas Tavares; Produção: Fausto Muniz
-- A aldeia do Diabo (2020), 11’, Realização e produção: Bruno Acosta, Marcos Kontze, Melissa Gomes, Tom Freitas.

-- Almoço livre

14:00 - Alastair Fuad-Luke, ESAD, Porto Design Biennale
Living Assemblages: Can “regenerative design” help climb the mountain towards multi-species sympoiesis?

14:30 - Emanuel de Castro e Lucas Cezar, Estrela Geopark Unesco
Leitura da Paisagem a partir da história Geológica da Serra da Estrela

15:00 - Paulo Freire Almeida, EAAD Universidade do Minho PT
Ruinas contemporâneas. As formas de uma natureza às avessas

15:30 - Jesus Osório, FBA Universidad de Granada
Histórias de uma montanha: narrativas para um lugar alto num tempo indefinido

16:00 - Susana Lemos, UBI, Doutoramento em Media Artes
Grupo do Risco: imersão e magia no lugar

16:30 - Rita Salvado, UBI, Museu de Lanifícios
Paisagem Cultural através do Design Têxtil

17:00 - Sara Constante, UBI, Labcom, Doutoramento em Media Artes
Stellae* - Design editorial

17:15 - Francisco Paiva, UBI, FAL, Labcom
Lançamento do n.º 1 da Stellae* Revista de Arte / Journal on Arts

17:30 - Tiago Fernandes, Paulo Cunha, Manuela Penafria e Fernando Cabral, UBI, FAL, Labcom
Primeiro corte dos filmes da Residência Artística MM* Seia

18:00 - Inaugurações

Frederico Dinis
Transient boundaries,performance, Museu de Lanifícios, Real Fábrica Veiga

Daniel Moreira e Rita Castro Neves
Caminhos de pé posto e outras serras que tais - Museu de Lanifícios, Real Fábrica Veiga, Foyer

Fernando Aranda, Ânia Pais, Brígida Ribeiros e Miguel Oliveira
Paisagem Adentro - Museu de Lanifícios, Real Fábrica Veiga, Galeria de Exposições Temporárias

Rui Algarvio / Luís Filipe Rodrigues
A Paisagem que me representa - Museu de Lanifícios, Real Fábrica dos Panos, Galeria das Fornalhas

João Braz
Os objectos reflectidos estão mais próximos do que parecem, videoinstalação, Museu de Lanifícios, Real Fábrica dos Panos, Antiga Tipografia

Jesús Osorio
Histórias de uma montanha, exposição - Museu de Lanifícios, Real Fábrica dos Panos, Antiga Tipografia

Alunos do 1º Ano de Design Multimédia
Francisco Paiva, Joana Martinho Marques Mónica Romãozinho e Susana Lemos, Org.
O Sentido do Lugar - exposição, Museu de Lanifícios, Real Fábrica dos Panos

19:30 - Encerramento

CONVIDADOS / TEMAS / BIOS



ALASTAIR FUAD-LUKE

Alastair Fuad-Luke é um facilitador, educador, pesquisador, consultor, escritor e activista que explora e desafia de que modo o design é aplicado a questões sociais, ecológicas, económicas, políticas e educativas. Como curador-chefe da Porto Design Biennale 2021, Alter-Realities, desafiou designers e cidadãos a abraçar as contingências actuais. Professor titular desde 2011 na Aalto University, Finlândia e na Free University of Bozen-Bolzano, Itália, de entre os seus livros contam-se Field Explorations (em breve em 2021), Agents of Alternatives (2015), Design Activism (2009) e The Eco-Design Handbook ( 2002, 2005 e 2009).


Living Assemblages: Can “regenerative design” help climb the mountain towards multi-species sympoiesis? Our perception of human-made, wild or other landscapes in cultures of the West and Global North is driven by the hegemonic semiotic registers of the Plantationocene and Capitalocene. Evolved over the last 500 years, and embracing the Renaissance and the Englightenment, these “cenes”, embrace Eurocentric “discovery”, scientific and technological determinism, exploitation, colonial settlerism, racism and genocide. While some of the worst events of these cenes are in the past, they continue to underpin practices of present day neo-liberal capitalism across the political spectrum from democratic to authoritarian regimes. While literature from design studies and research, anthropology, social and technical sciences and philosophy has invoked Félix Guattari´s ecosophy, Deleuze and Guattari´s notions of assemblage and Donna Haraway´s conceptualisation of multi-species co-existence, a coherent design position has not yet emerged how we might genuinely engage in designing for multi-species sympoiesis. Before we can transform existing landscapes into something preferable we need to reframe design as a set of practices of “regenerative design”, where humans, other living beings and nonhuman bodies make better worlds for each other. Regenerative design is anchored in Baruch Spinoza´s vibrant monism, conative bodies and affects but also asks where to act, with whom and for whose benefit.



ÂNIA PAIS

Ânia Pais nasceu na ilha de S. Miguel, Açores, em 1998. Licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, frequenta atualmente o Mestrado em Pintura na mesma instituição. Participou nas exposições coletivas Elogio da Matéria, Galeria Pintor Fernando de Azevedo, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa (2019), Prémio SGPCM, FBAUL- Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros, Lisboa (2019), Contemporary Interventions on Memory – Dialogue and Silence, Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (2019), Puro Inóspito ou a transparência dos objetos corpóreos, Galeria de exposições temporárias do castelo de Portalegre (2019); Reflection upon space - parts I e II, Lx Lapa, Lisboa (2021). Finalistas Pintura 2019.20 - Faculdade de Belas- Artes ULisboa, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa (2021). Exposições individuais: Paradoxo, Galeria António Lopes, Covilhã (2020), Fez-se Noite, Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico (2020), In that inner night, exposição online, Laad Gallery, Londres 2021. In Perpetuum, Biblioteca da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Lisboa (2021).



BRÍGIDA RIBEIROS

Brigida Ribeiros, nasceu em 1975 em Faro. É licenciada em Design de Moda e mestre em Design pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa. Ao longo da sua trajetória profissional exerceu atividade em diversas áreas artísticas e culturais. O seu trabalho artístico é eclético, estendendo-se do desenho e ilustração à fotografia e arte têxtil. É designer, artista e professora. Vive em Castelo Branco.



ANTÓNIO MEIRELES

António Meireles (Guimarães, 1973) Licenciado em Artes Plásticas – Pintura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, Mestre em Desenho pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, em 2005 e Doutor em Belas Artes, especialidade em Desenho na mesma instituição de ensino em 2015. Título de Especialista em Belas Artes atribuído pelo consórcio dos Institutos Politécnicos de Bragança, Lisboa, Coimbra e Viana do Castelo em 2012. É docente do departamento de Artes Visuais na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança desde 2002. Sob o nome de António Santos, expõe desde 1995 com regularidade. Ganhou o 1º Prémio da IIIª Bienal de Artes Plásticas da Marinha Grande em 2000 e uma Menção Honrosa em Pintura - Xº Salão da Primavera do Casino Estoril em 1997. Tem obras em acervos da Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal de Braga, Câmara Municipal de Viana do Castelo, Museu do Vidro da Marinha Grande e Coleção de Arte do Instituto Camões.

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Sementes da Montanha - Neste mundo contemporâneo permanentemente conectado vivemos num equilíbrio muito difícil e precário, procurando o que é único e exclusivo e valorizando o que é global e partilhado. Se algo transita de um estado para o outro, adquire outras caraterísticas que não as de origem, perdendo-se e ganhando-se, como é natural, algo neste processo. O território transmontano de montanha tem caraterísticas que lhe são próprias e que o distinguem de outros territórios de montanha, seja na orografia, na fauna e flora, como na cultura e arte, que de tempos remotos se tem registo. Como explorar o caráter particular, circunscrito e único deste território, mas operar no mundo global? Tomando como estímulo e exemplo a obra da pintora Graça Morais, que conseguiu construir uma ponte entre aspetos singulares do que é local e aspetos globais do amplo mundo contemporâneo, desenvolveu-se entre julho e agosto de 2021, um Curso Intensivo de Verão no Instituto Politécnico de Bragança, em colaboração com estagiários do Programa Ciência Viva, sob a coordenação do Laboratório de Artes na Montanha – Graça Morais. Os participantes desenvolveram um processo de reflexão, conceção e criação que resultou numa performance que agregou o local e o global, configurando sementes de um processo mais ambicioso, capaz de ligar a montanha ao mundo e vice-versa, com ganhos para todos os intervenientes, porque, acreditamos, a arte é salvífica e é a forma mais nobre de diálogo entre os povos.



CAROLINA JUSTO

Carolina Justo , nasceu em 1994, natural da vila de São Brás de Alportel, distrito de Faro. Aos 23 anos ingressou na Universidade do Algarve, pelo curso de Ciências da Comunicação, onde desenvolveu interesse por Cinema. Durante a licenciatura, terminada em 2019, viveu duas experiências de Erasmus que muito influenciaram o seu desenvolvimento pessoal. Em 2020, iniciou o mestrado em cinema, para complementar a sua formação e adquirir os conhecimentos necessários para poder ingressar no mercado de trabalho. Até então, produziu duas curtas ficcionais e uma curta documental, todas em âmbito académico.



DANIEL MOREIRA E RITA CASTRO NEVES

Daniel Moreira e Rita Castro Neves vivem e trabalham entre o Porto e a Beira Alta, e trabalham desde 2015 em colaboração. Daniel Moreira é licenciado em Arquitectura, iniciando em 2000 um percurso multidisciplinar entre a arquitectura e as artes plásticas. Rita Castro Neves, após terminar o Curso Avançado de Fotografia do Ar.Co em Lisboa e o Master in Fine Art da Slade School of Fine Art de Londres, inicia uma atividade artística regular, de docência e de curadoria. Com Laking, que realizaram em 2015 a convite do espaço artístico finlandês Oksasenkatu 11, começa um projeto longo a propósito da representação da paisagem, em que refletem com o desenho, a fotografia e o vídeo, de forma instalada, sobre colaboração artística, diferentes técnicas e culturas artísticas, território, escala e percurso. Realizam diversas exposições individuais e coletivas, e residências artísticas das quais destacam a Residência Paulo Reis do Ateliê Fidalga em São Paulo (2017), no Camões – Centro Cultural Português de Maputo, Moçambique (2018), a Residência Inter-Meada no Alvito (2019) e no Festival de Fotografia de Paranapiacaba (Brasil, 2019). Em outubro de 2017 realizaram uma viagem de estudo ao Japão com uma bolsa da Fundação Oriente. Em 2020 terminam o projeto de recuperação da Escola de Macieira, uma antiga escola primária do Plano dos Centenários na Serra de São Macário, na Beira Alta, para aí iniciarem um projeto de reflexão sobre cultura serrana, a natureza e o rural, e logo pela ecologia, a biopolítica e a preservação ambiental.


Por um caminho de pé posto - A antiga escola primária beirã da aldeia de Macieira no cimo na Serra de São Macário é um lugar confluente e conflituoso, de vivências e memórias tensionadas entre lugar histórico, património cultural, social e político, marco ditatorial, violência educativa e brincadeira infantil, residência artística e também a nossa casa. É da Escola de Macieira que partimos para as nossas caminhadas, por caminhos de pé posto ou nem isso. A experiência solitária da caminhada, pontuada por avistamentos e encontros com seres e matérias, materializa-se em criações partilhadas pela dupla artística, numa perspetiva de olhar o território interior português sem idealização, mas a partir do desejo da preservação ambiental e das diversidades.



EGAS SIMÃO

Egas Simão, é natural de Loulé e nascido em 1992, licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade do Algarve. Durante o seu percurso académico prossegue por duas vezes em Erasmus, uma primeira vez na Suécia como parte do seu plano de estudos e a segunda na República Checa, onde estagia como Designer no departamento de Marketing. Descobre o que é ser Europeu. Em 2020 entra para o Mestrado de Cinema da Universidade da Beira Interior, como o intuito de preencher a sua paixão por Imagens, sejam elas estáticas ou em movimento, é nelas que pretende expressar-se, descobrindo-se a si e ao Mundo.



EMANUEL DE CASTRO

Emanuel de Castro é licenciado em Geografia, com especialização em Estudos Ambientais, Mestre em Geografia e Ordenamento do Território. Docente do Instituto Politécnico da Guarda, entre 2004 e 2017. Participou em diferentes projetos de investigação, nas áreas do Turismo, Análise da Paisagem e Desenvolvimento Territorial. Atualmente é Coordenador Executivo da Associação Geopark Estrela, entidade responsável pela gestão da classificação Estrela Geopark Mundial da UNESCO.

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Estrela Geopark Mundial da UNESCO: leitura da paisagem a partir da História Geológica da serra da Estrela - - A paisagem do Estrela Geopark é o resultado de múltiplos fatores, naturais e humanos, que contribuíram para a unicidade da serra da Estrela. Entre estes, destaca-se a História Geológica desta Montanha, com mais de 650 milhões de euros. Na verdade, percorrer a paisagem da Estrela é uma viagem pela sua História, desde a formação das rochas mais antigas até às marcas da última glaciação, com aproximadamente 30 mil anos. A paisagem atual da Estrela é, assim, a confluência de duas Histórias, a geológica e a humana!



FERNANDO ARANDA

Fernando Aranda GonzálezCidade do México, 1983) frequenta o doutoramento em Media Artes na Universidade da Beira Interior. Trabalha há mais de 13 anos em torno da paisagem e da sua relação com a natureza humana, o comunitário e a ecologia interior. Desenvolveu múltiplos projectos através da pintura, do desenho, da fotografia, da animação, da gravura e da instalação pictórica. Realizou sete exposições individuais e participou em 23 exposições colectivas, tanto no México como em Portugal.



FERNANDO CABRAL

Fernando Cabral é licenciado e mestre em Cinema, como projeto final de mestrado escreveu e realizou a curta-metragem ”Sussurro”. É docente na Universidade da Beira Interior, onde leciona unidades curriculares na área da Imagem. É membro da comissão organizadora das Jornadas do Cinema em Português. Atualmente, desenvolve o seu projeto de investigação no Doutoramento em Media Artes na UBI.



FRANCISCO PAIVA

Francisco Tiago A. Paiva Professor Associado com Agregação da UBI, onde dirige o curso de 3º Ciclo/ Doutoramento em Media Artes. Doutor em Belas Artes - Desenho pela U. País Basco, licenciado em Arquitectura pela U. Coimbra e em Design pela Faculdade de Belas Artes da U. Lisboa. Coordena o Grupo de Artes do LabCom. Desenvolve pesquisa e criação sobre processos espacio-temporais, intermedialidade e identidade nas artes. Integra comissões científicas de eventos e publicações especializadas. Coordenador científico da DESIGNA, Conferência Internacional de Investigação em Design, das Jornadas de Investigação em Artes (iArtes) e da plataforma Montanha Mágica* Arte e Paisagem. Membro da CooLabora, cooperativa de intervenção social. Director Executivo da Candidatura da Covilhã a Cidade Criativa da UNESCO em Design.



FREDERICO DINIS

Frederico Dinis é investigador, compositor intermédia e performer audiovisual. O seu trabalho tem sido abraçado por museus, salas de concerto, espaços públicos e eventos, em Portugal, Áustria, Espanha, Finlândia, Brasil e Coreia do Sul. É Doutorado em Estudos Artísticos da Universidade de Coimbra, especialidade de Estudos Teatrais e Performativos, e é investigador do CEIS20 – Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra. Os seus projetos de investigação-criação centram-se em lugares específicos, analisando o papel da memória na configuração das identidades individuais e coletivas, procurando refletir sobre a importância do contexto local e do sentido de lugar, e a relação entre performatividade e representação da memória. É também membro da EASTAP – European Association for the Study of Theatre and Performance (Paris, FR). Apresentou resultados da sua investigação-criação em múltiplas performances site-specific, sobre diferentes lugares e territórios, e ainda em conferências, simpósios e eventos. É autor de diversos artigos científicos e capítulos de livros sobre temáticas ligadas às performances audiovisuais e às media arts.

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Performatividade da Memória da Paisagem - O objetivo deste trabalho é perceber e refletir sobre qual o papel da performatividade da memória da paisagem em performances audiovisuais site-specific, expandidas através de narrativas sonoras e visuais fragmentadas. Neste sentido fazemos um enquadramento da noção de performatividade, enquadrada nas artes performativas e enquanto noção porosa, onde essa porosidade está na sua capacidade de ser contaminada por várias disciplinas, por diferentes medias, e por aglomerar diversos conceitos e formas de se fazer arte. Uma performatividade que atua por meio de sons e de imagens, pela plasticidade, na materialidade das interações entre memória, espaço e público. Enquadramos ainda questões ligadas à memória e a tendência para se expandir o seu alcance fazendo com que exista uma diversidade de abordagens e que esta seja observada a partir de diversas áreas, onde todo o trabalho de memória parece implicar um trabalho de representação. Um trabalho de representação a que também está inerente um processo de rememoração, que precede um processo de construção de sons e imagens. Por fim, defendemos que a performatividade da memória envolve uma contingência na relação entre o som, a imagem e o público.



HELENA GENÉSIO

Helena Maria Lopes Pires Genésio é Professora adjunta da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança. Mestre em Literatura Portuguesa Contemporânea pela FCSH da Universidade Nova de Lisboa. Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas – Estudos Portugueses e Franceses pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. No âmbito da sua formação académica profissional e artística destaca ainda: Curso de Iniciação Teatral, Curso de Expressão Corporal e Técnicas de Animação, Curso de Fantoches e Formas Animadas, Curso de Carpintaria de Cena no Teatro Universitário do Porto; Curso de Especialização em Literaturas Românicas da Faculdade de Letras da Universidade do Porto; Mestrado em Estudos de Teatro na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e curso de Cultura Teatral no Teatro Nacional D. Maria II. Além das funções docentes, foi Diretora do Teatro Municipal de Bragança, onde desempenhou funções de Direção Artística, Gestão, Programação e Produção (2003 – 2019). Funda em 1990 o Teatro de Estudantes em Bragança – TEB e assume a Direção Artística, onde assinou 28 encenações (1990 / 2010). Tem publicações na área da literatura, intervenção cívica, Teatro, literatura para a infância e poesia.



JACINTA COSTA

Jacinta Costa (Gaia, 1974) Licenciada em Design de Equipamento pela Escola Superior de Arte e Design de Matosinhos. Mestre em Multimédia pela Universidade de Aveiro (UA). Doutoranda em Design pela UA. Membro do Centro de Investigação ID+ Research Institute For Design, Media And Culture da UA. Título de Especialista em Design pelo consórcio dos Institutos Politécnicos de Bragança, Coimbra e de Lisboa em 2013. Docente do Departamento de Artes Visuais da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança. Os seus interesses de investigação incluem as áreas da sustentabilidade, design de produto, design e o território, metodologias e processos de design criativo tendo colaborado em diversos projetos de investigação e com diferentes empresas na conceção de novos produtos, nomeadamente Corticeira Amorim, Factory Play, Ikea entre outras. Além de publicações nas áreas de sustentabilidade, desenvolvimento da criatividade, participa periodicamente em concursos de design nacionais e internacionais. Realiza e expõe regularmente desde 2000 em parceria com Carlos Costa projetos de design de produto, industrial e de comunicação, instalações, esculturas e peças de autor onde explora diferentes matérias e técnicas na execução dos seus trabalhos na procura de novas linguagens formais e expressivas.



JEAN VARGAS

Jean Vargas, natural de Vitória - ES - Brasil, 36 anos. Graduado pela Universidade Vila Velha no curso superior tecnológico em Fotografia onde também realizou uma especialização no Discurso da Imagem. Há 10 anos trabalhando no mercado fotográfico, tem como especialidade tratamento e manipulação de imagens e há 4 anos possui uma produtora onde desenvolve os mais diversificados projetos audiovisuais, tendo como foco a realização e direção de fotografia.



JESÚS OSORIO

Jesús Osorio (Málaga, 1975) é artista plástico, docente e investigador. Licenciado en Belas Artes pela Universidade de Granada e Doutor pela Universidade de Málaga. Actualmente é Professor no Departamento de Desenho da Faculdade de Belas Artes de Granada. Viveu e trabalhou em várias cidades e países, nos quais desenvolveu e expôs projectos muito diferentes, individuais e colectivos, tirando partido desses contextos heterogéneos. Defende a multiplicidade como um rasgo importante da sua identidade artística (e pessoal), tomando-a como base da sua investigação criativa. Trabalha a partir da sua necessidade de propor sempre outras opções, explorando múltiplas variações ou manipulações da realidade. Indaga, brinca, reflecte sobre tudo o que poderia ter sido ou poderia ser, no impossível ou no ainda desconhecido.

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Histórias de uma montanha: narrativas para um lugar alto num tempo indefinido - Todo o lugar antigo acumula crostas de história, como camadas de emulsão fotográfica ilegível, apagadas ou deformadas pelo sol e pelas alternadas erosões do gelo e do degelo. Existem pedras que nunca foram tocadas por ser humano algum, mas viram e verão Deus sabe que coisas e criaturas desde a origem e até que tudo isto acabe. Fervendo de curiosidade e medo, criamos lendas. Inventamos o que podia ter sido, acrescentamos conteúdo falso ao que já sabemos, imaginamos ou que um dia poderá ser. Mas é insuficiente. Quantas coisas não terão acontecido em milhões de anos?! Quantas histórias nunca foram contadas e quantas imagens ninguém viu ou verá?! O projeto Histórias de uma montanha brinca de gerar narrativas para um lugar alto, pedregoso e antigo, num tempo indefinido, através das qualidades evocativas do desenho.



JOÃO BRAZ

João Braz- Nasceu em Lisboa em 1969. É formado em Montagem pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Com 30 anos de experiência como editor, montou mais de 110 filmes, entre longas metragens de ficção e documentários assim como séries de ficção para televisão. Foi montador de obras de cineastas como Cláudia Varejão, João Botelho, João Canijo, Fernando Vendrell, Leonor Teles, Margarida Gil, Marco Martins, José Filipe Costa, António da Cunha Telles, Jorge Paixão da Costa, Vicente Alves do Ó e Margarida Cardoso entre outros . Foi vencedor, por duas vezes, do prémio Sophia para Melhor Montagem da Academia Portuguesa de Cinema. Actualmente frequenta o terceiro ano do doutoramento em Media Artes na Universidade da Beira Interior. Leciona no curso de Cinema na Universidade da Beira Interior e na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa.



JOANA MARQUES

Joana Martinho Marques, licenciada em Artes Plásticas-Escultura, pela FBAUP. Realizou Erasmus na Fac. Belas Artes de Atenas, em 2007 concluiu o Master Internacional de Cenografia/Direção Artística na Faculdade de Belas Artes da Univ. Complutense de Madrid. Finalizou em 2011 o mestrado em ensino das artes visuais na UBI, onde é doutoranda em Media Artes. Professora, diretora pedagógica da D’Arte+, faz trabalhos com instituições como Teatro Guimerá de Tenerife, Teatro Real de Madrid, Teatro das Beiras, Coolabora, Beira Serra e Quarta Parede. Como artista plástica venceu o concurso nacional “O 25 de Abril, 25 anos depois” com Menção Honrosa pela CMC em 2000. Expôs na Cordoaria Nacional, Culturgest, Espaço de Intervenção Cultural Maus Hábitos, Galeria Psyhary 36 (Atenas), Galeria da ACERT, Museu Municipal de Paços de Ferreira, Galeria Arthobler, Convento São José (Lagoa), ART’S, Business & Hotel Centre.


LUCAS CEZAR

Lucas Cezar - Licenciado em Biologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, Brasil) desde 2008; Mestre em Entomologia pela Universidade de São Paulo (USP, Brasil) desde 2011. Experiência em investigação nas áreas da Ecologia, da Taxonomia e da Evolução de Insetos, que o levou a conhecer a grande diversidade de ambientes naturais em uma dezena de países, até chegar ao território do Estrela Geopark, em Portugal, onde integra desde maio de 2018 a equipa técnica da Associação Geopark Estrela, atuando nas áreas de Biodiversidade, Sustentabilidade e Ciência.



LUCAS FINOTTI

Lucas Finotti, nasceu em 2000, na cidade de São Paulo, Brasil. Com 18 anos, foi para Portugal estudar na Universidade da Beira Interior, com enorme interesse por cinema e outras artes, ingressou no curso de Design Multimédia. Durante a licenciatura, aprimorou o gosto pela sétima arte, desenvolvendo então, alguns trabalhos acadêmicos no âmbito de produção audiovisual. No final da licenciatura em 2021, Lucas decidiu dar mais um passo rumo a este desejo, iniciando, o mestrado em Cinema com o objetivo claro de complementar e focar sua carreira nesta área. Até então, produziu um curta documental em 2021.



LAURA F. GIBELLINI

Laura F. Gibellini é professora titular do Departamento de Desenho da Universidade Complutense de Madrid e colaboradora no MFA in Art Practice da School of Visual Arts de Nova Iorque, EUA. O seu trabalho mais recente, que se formaliza mediante diversas aproximações ao desenho, indaga sobre aquilo que se encontra nos limites do visível e, portanto, dentro dos limites do que podemos pensar. As suas mais recentes estadias de pesquisa e criação incluem a Royal Academy of Spain em Roma (2017) e o Banff Centre for Arts & Creativity em Alberta (2017). A sua obra plástica foi exposta em lugares como Nieves Fernández / NF (Madrid, 2021); HilbertRaum (Berlim, 2018); Matadero (Madrid, 2018); Accademia di Belle Arti (Roma, 2017); CCCB (Barcelona, ​​2016); Carpe Diem - Arte e Pesquisa (Lisboa, 2015); Boston Center for the Arts (Boston, 2013) ou Anthology Films Archives (NYC, 2012). As suas publicações mais recentes incluem Drawing a Mountain, Publication Studio, 2020 e Meditaciones Atmosféricas. Antes del Presente (338U-710U) Publication Studio, 2017.

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Drawing Mountains/Depicting the Invisible -- Ar, água, luz, clima, as condições atmosféricas de certas montanhas, o desdobramento energético de um raio cósmico ou um gesto infantil são elementos aparentemente díspares e, no entanto, partilham uma dificuldade fundamental: a sua visualização. Com o Desenho de Paisagens - Retratando o Invisível, proponho uma viagem por determinados projetos que buscam tornar visível o que é irrepresentável e, portanto, difícil de reconhecer, a fim de considerar como as dificuldades de representação afectam nossa compreensão do mundo e, portanto, as possibilidades de pensar o que resta dentro dos limites do pensável.



LUÍS FILIPE RODRIGUES

Luís Filipe Salgado Pereira Rodrigues (1971). Doutorado em Desenho pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa (2018); Bolseiro pela FCT (2009 – 2013); Mestre em Educação Artística pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (2007); Licenciado em Artes Plásticas-Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto (1996). Publicação do livro “Desenho, Criação e Consciência”. Expõe desde 1992. Participação na Trienal de Desenho de Tallinn, Estónia (215/2021); participação na Bienal de Desenho de Osten Escope, Macedónia (2016/2021).



MANUELA PENAFRIA

Manuela Penafria é docente na área de cinema, na Universidade da Beira Interior. É membro do conselho científico de revistas portuguesas e brasileiras. Participa regularmente na organização e na comissão científica de eventos. É membro do Conselho Consultivo da AIM-Associação dos Investigadores da Imagem em Movimento onde co-coordena o GT "Teoria dos cineastas".



MÁRIO CARDOSO

Mário Cardoso Professor Adjunto do Departamento de Educação Musical da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança, onde tem exercido funções de Coordenação /Direcção de Curso e Científica de cursos de Licenciatura e Mestrado na área da Música e Ensino de Educação Musical no Ensino Básico. É doutor em Ciências da Educação, Mestre em Performance e Pedagogia do Instrumento e Licenciado em Professores do Ensino Básico, Variante de Educação Musical. É membro integrado do Centro de Investigação em Educação Básica (CIEB) e membro da Comissão de Ética do Instituto Politécnico de Bragança. Os seus principais interesses de investigação estão centrados no domínio da Formação de Professores, Artes Performativas, Composição e Performance Musical. Desenvolve uma regular atividade artística e investigativa no domínio da Música, Artes Performativas e formação de professores.



MIGUEL OLIVEIRA

Miguel Oliveira vive no Porto e é licenciado em Artes Plásticas, pela Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha. É docente no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, onde leciona unidades curriculares de fotografia, audiovisuais e artes gráficas. Desenvolve actividade artística nas áreas da fotografia, vídeo e desenho, levando-o a participar em vários projetos e exposições individuais dos quais se destacam “Precipício” (A Sede, Porto, 2019) e "Valise en Carton" (Porto, 2021). Atualmente frequenta o doutoramento em Media Artes na Universidade da Beira Interior.



MÓNICA ROMÃOZINHO

Mónica Romãozinho - Arquitecta (1999, FAUTL) e Prof. Auxiliar na Universidade da Beira Interior. Foi Professora Adjunta da ESART-IPCB (2003-2020). Doutorada em Design com a tese “Design de Interiores domésticos no início do século XX: Apontamentos de Arte Nova na obra de Ernesto Korrodi” (2013, FA-UTL) e Mestre em Design (pré-Bolonha, 2007, FAUTL). Foi coordenadora da licenciatura de Design de Interiores e Equipamento. Leccionou Design de Acessórios. Concluiu em 2021 o pós-doutoramento em Design intitulado “Espaços possíveis, mas improváveis: Concepção de linha de joalharia. Integra o pólo de Investigação RETHINK (CIAUD -FAUL). Participou no projecto de investigação Arquitectura(s) de papel - Estudo sistemático de imagens e projectos de Arquitectura do início do século XX, através de A Construcção Moderna 1900-1919 e da rede internacional Rèseau Art Nouveau. Integra a comissão científica e de revisores da Revista Convergências, assim como da revista RES MOBILIS (U. Oviedo). Últimas exposições: XXI Bienal Internacional de Arte de Cerveira, 2020; “Possible but Improbable Spaces: From space to the materialized jewel”, Fábrica da Criatividade, Castelo Branco, 2019. Próxima exposição: Jewelry Drops, Milano Jewelry Week, out.2022. Várias publicações internacionais na área da Joalharia contemporânea, da História do Design e do Desenho.



PAULO FREIRE DE ALMEIDA

Paulo Freire de Almeida Nasceu em 1968. Licenciou-se em Artes Plásticas-Pintura na Escola Superior de Belas Artes do Porto em 1993. É professor na área de Desenho na Universidade do Minho desde 1997, onde se doutorou em 2008. É membro integrado do Laboratório de Paisagens Património e Território. Como investigador tem-se dedicado ao estudo da perceção do espaço e das formas contemporâneas de representação da paisagem na pintura e desenho, especialmente no tema das paisagens anónimas e marginais às representações dominantes da cultura visual. Desde 1993, realiza exposições em artes visuais.


Ruinas contemporâneas. As formas de uma natureza às avessas - O “regresso ao selvagem” (Rewilding) apresenta-se como uma solução para enfrentar o abandono e despovoamento de certas partes do território. Nessa estratégia, a opção passa por promover o regresso de espécies selvagens num processo de recuperação gradual dos ecossistemas originais. Diversamente de espaços originalmente selvagens, as zonas onde existe o regresso da natureza, integram marcas e vestígios da experiência humana, ou seja, ruínas. Mas estarão essas parcelas bem identificadas? Os espaços abandonados não são exclusivos do mundo rural, dominando vastas áreas suburbanas e na periferia de cidades. Não será a noção de “selvagem” uma derivação equivoca e simétrica da natureza idealizada? E que representações ou cultura visual dispomos para pensar essa paisagem “renaturalizada”? Como hipótese central para esta apresentação, a tradicional imagem de Ruína poderá ser um ponto de partida para fixar a perceção e visibilidade nesses espaços de abandono e retorno.


PAULO CUNHA

Paulo Cunha é Professor Auxiliar na Universidade da Beira Interior, onde dirige o Mestrado em Cinema. É coordenador editorial da Aniki : Revista Portuguesa da Imagem em Movimento e co-coordenador do Seminário Temático Cinemas Pós-Coloniais e Periféricos da Socine - Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual. É programador nos festivais internacionais de cinema Curtas Vila do Conde e Porto/Post/Doc.



ROBERTO RAMOS DE LEÓN

Roberto Ramos de LeónDocumentalista responsável pelo INDOC, Centro de Investigación, Documentación y Cooperación do CDAN, Centro de Arte y Naturaleza / Fundación Beulas. Compagina as suas funções de técnico de informação e acompanhamento de projectos culturais na Multilateral, Asociación Aragonesa para la Cooperación Cultural, com a coordenação do Serviço de Acompanhamento para o emprego cultural do Ayuntamiento de Huesca, Aragão, Espanha. Tem promovido iniciativas culturais relacionadas com a cooperação cultural internacional (na Europa e América Latina), a formação de profissionais e o desenvolvimento de projetos no meio rural. Está fundamentalmente vinculado à expansão de métodos de gestão da informação cultural e de propostas artísticas enquanto motores de reflexão e sensibilização ambiental. Colabora regularmente como professor ou coordenador em diferentes estudos de gestão cultural nas universidades de Zaragoza, Barcelona, ​​Complutense de Madrid, Jaume I e Mérida-Yucatán (México).

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A montanha, protagonista das iniciativas europeias de arte e natureza - A admiração das paisagens montanhosas e dos ecossistemas que abrigam tem originado, geração após geração, uma maior reaproximação por parte dos indivíduos e da sociedade. No entanto, as relações humanas com esses espaços naturais únicos tornaram-se complexas e frágeis. Nas últimas décadas (especialmente nos últimos anos), um bom número de iniciativas europeias têm procurado enfatizar a reflexão, a partir da associação entre cultura e natureza de montanha.



RITA SIXTO

Rita Sixto Cesteros (Trives, 1962), é professora titular do Departamento de Desenho da Faculdade de Belas Artes da Universidade do País Basco. Sob a direção de Adelina Moya, em 1998 defendeu a tese intitulada Instante y duration. Uma aproximação à temporalidade fotográfica, e continua interessado nas relações entre arte e tempo, bem como nas imagens em geral. Trabalha na dimensão investigativa da prática artística. Ele está especialmente interessado nos processos de observação e memória, como parte do processo poético. Coordena o projecto de pesquisa El lugar del sujeto en la investigación artística basada en la práctica.


RITA SALVADO

Rita Salvado (1969) é diretora do Museu de Lanifícios e Professora Auxiliar na Universidade da Beira Interior (UBI), onde coordena o curso de doutoramento em Design de Moda. Doutora em Engenharia Têxtil com doutoramento europeu (Portugal, França e Suécia) recebeu o prémio de Mérito Pedagógico da UBI-FE/CGD 2013, pelo trabalho desenvolvido sobre a identidade da licenciatura em Design de Moda da UBI. Em 2003, recebeu o prémio científico “The Fiber Society Student Award” da renomada sociedade americana Fiber Society e em 2019 recebeu o prémio de inovação “Techtextil Innovation Award” da Messe Frankfurt Exhibition Gmbh pela co-autoria em nova aplicação com interesse para a indústria têxtil. Desenvolve investigação alavancada na sinergia entre Engenharia Têxtil e Design, aplicada em tecnologia usável e em valorização cultural.

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Paisagem Cultural através do Design Têxtil - A comunicação apresenta a fabricação de uma experiência de imersão no património industrial dos lanifícios, com base em trajectos para fruição de evidências materiais dispersas pelo território (património industrial edificado, bairros operários…), enquanto se revelam outros conteúdos menos evidentes. O design têxtil vai orientar a fabricação da experiência ao associar um debuxo a um percurso cultural, transformando a representação material do tecido, que é o debuxo, em representação imaterial da experiência.



SARA CONSTANTE

Sara Constante mestre em Design Multimédia (2014) pela Universidade da Beira Interior. É designer e investigadora na Unidade de Investigação LabCom – Comunicação e Artes (UBI) e doutoranda do curso de Media Artes, da Universidade da Beira Interior, onde se encontra a desenvolver um projeto de investigação que pretende reclamar as potencialidades do livro enquanto objecto físico e o papel do designer enquanto operador de uma síntese.



SUSANA LEMOS

Susana Lemos (Mocambique, 1973). Artista Plástica, Professora Assistente Convidada na Universidade da Beira Interior. Doutoranda em Media Artes pela mesma universidade. Mestranda em Ensino de Artes Visuais pelo Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. Mestre em Desenho pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa em 2007. Licenciada em Artes Plásticas - Pintura pela mesma faculdade em 1997. Membro do Grupo do Risco desde 2008. Docente desde 1994 em diversas escolas privadas e estatais. Coordenou ateliers artísticos em Portugal, França e Holanda. Tem participado em diversas exposições individuais e colectivas em Portugal, Cabo Verde, Espanha e Canadá. Possui trabalhos publicados no campo da ilustração. A sua obra encontra-se representada em Portugal, França, Holanda e Canadá em coleções particulares e estatais. Os seus interesses pessoais e a sua acção criativa, têm-se repartido entre o desenvolvimento do potencial humano e a docência, a pintura, o desenho, a criação de objectos plásticos, a ilustração, o desenho científico e o desenho de campo, sempre numa perspectiva de aprendizagem e crescimento contínuos.


Grupo do Risco: imersão e magia no lugar - Numa incursão à prática da observação e registo de espaços naturais, realizada pelo Grupo do Risco, pretende-se explorar, exemplificando, a diversidade de estratégias conceptuais e poéticas que este colectivo assume na prática do desenho de campo, através de uma atmosfera de afectos e de partilhas que se unificam num elogio permanente à vida.



TATIANA GUIMARÃES

Tatiana Guimarães é uma jovem paulistana de 30 anos que ama viajar e conhecer novas culturas. Intensa e curiosa por natureza, já morou na Irlanda, França e Alemanha. No momento, reside em Portugal onde está a cursar o seu mestrado de cinema na Universidade da Beira Interior. Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (Brasil) e em Línguas e Comunicação na Universidade do Algarve, atualmente trabalha na área de educação e comunicação.



TIAGO FERNANDES

Tiago Fernandes é docente nos cursos de Cinema da Universidade da Beira Interior, onde desenvolve também o seu projeto de doutoramento em Media-Artes. É diretor de som para cinema e televisão, contando com a participação em várias curtas-metragens, documentários, séries e filmes publicitários para a televisão portuguesa e para Cabo Verde, Brasil e Reino Unido. Escreveu os manuais de som “Áudio para cinema e TV” e “Técnicas de captação de áudio para cinema e TV”, para cursos ministrados no Instituto de Artes e Técnicas em Comunicação do Brasil. Integra a Comissão Organizadora das Jornadas do Cinema em Português e é membro da AIM - Associação de Investigadores da Imagem em Movimento e da NECS - European Network for Cinema and Media Studies



UNAI REQUEJO

Uai Requejo (Santurtzi, 1982) trabalha principalmente com vídeo, fotografia e desenho, mas também com som e música. Doutor pela Universidade do País Basco (UPV / EHU) com tese sobre o brincar nos processos artísticos, é atualmente professor adjunto da Faculdade de Belas Artes da referida Universidade. No que diz respeito à paisagem, interessa-se pelo contraste entre as temporalidades próprias e estranhas de cada lugar, os jogos à escala fractal, os locais turísticos e os espaços recreativos. O jardim está presente na sua produção com a mostra individual da série Kristalezko Uhinak (2017), na qual explora lagoas e acompanha a autopublicação da Urmael. Em 2016 publica o livro de fotografias e desenhos Monte, com o qual propõe uma viagem ficcional por diferentes enclaves de montanha. Membro do grupo de pesquisa laSIA, também está envolvido em projectos como Kluv Domynga, Txaranga Urretabizkaia ou Dibuja Tolrato www.unairequejo.com.

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Paisaje sin lente: aplicaciones del escaner 3DLidar en la creación. Un paisaje no existe por sí mismo, quizá no basta con el espacio para que sea paisaje. El paisaje se crea con la mirada, con la observación, del artista, del espectador. La comunicación que presento se basa en la experiencia con un escáner 3D que emplea la tecnología Lidar Laser. Un instrumento de medición precisa con aplicaciones diversas, normalmente técnicas y no creativas. Nos parece interesante tanto por aspectos gráficos de la nube de puntos, por la posibilidad de tratamiento/edición en un entorno 3D y con todo, por las implicaciones que supone a nivel teórico. Se abre un nuevo paradigma: quizá por primera vez se registra un paisaje visual por medios tecnológicos sin emplear lentes. Sin que el modelo del ojo, ni del punto de vista determinen la toma. Una mirada fría, de la máquina, para la que somos operarios, una precisión limpia, a priori sin ningún rasgo de expresividad; objetiva. Podemos hablar de representación pero casi también de simple captura, una especie de radar que registra todo lo que está a su alcance. Se crean imágenes porque las interpretamos como tal con nuestra mirada, pero no dejan de ser puntos, mediciones, una gráfica de coordenadas: Imagen dato. Una fisicidad necesaria (el motivo a escanear), se ve transformada en un entorno virtual. La mirada y el punto de vista vuelven a crear el paisaje, pero en un momento posterior al de la toma; en la edición o incluso en la exposición ante el público. En la comunicación presentaremos los resultados de experiencias realizadas con el escáner y veremos algunas posibilidades que aún estamos explorando.


Residências Artísticas

RESIDÊNCIA ARTÍSTICA # 01 - A PAISAGEM QUE ME REPRESENTA
LUÍS FILIPE RODRIGUES (Coord.)
Covilhã, Serra da Estrela, 1 a 15 de Novembro de 2021


Tomando o contexto da micropaisagem do Jardim de Malufa, propõe-se a exploração através do desenho da capacidade de pensar-se e representar-se (a si mesmo) a partir do pensamento sobre este lugar. Neste sentido, a exploração da identidade da paisagem “natural” promoverá uma simbiose entre a representação do lugar e a representação do/a autor/a. Para o efeito, propõe-se uma metodologia de representação assente na dialética subjacente à conjunção pensamento / representação como, por exemplo, a decorrente dos seguintes binómios: opacidade / translucidez; centrípeto / centrífugo; sujeito / lugar; manifestação / ocultação; ocupação / desocupação; afirmação / negação; adaptação / inadaptação; rigor / fragilidade; convicções / medos; certezas / hesitações; fechado / aberto; acção / pensamento; orgânico / inorgânico; exterioridade / interioridade. Deste modo, promove-se a reformulação crítica da relação entre artificial e natural, na expectativa de revelar a identidade do lugar, seja enquanto processo de projecção da identidade do artista ou através da representação do próprio fenómeno de busca de um reequilíbrio idiossincrático entre a razão e a sensibilidade. Desta residência resultará uma exposição em local a anunciar.

Os trabalhos terão lugar no Jardim do Malufa, Covilhã, entre 1 e 15 de Novembro. As obras serão expostas em local a anunciar, com inauguração a 25 de Novembro. Cada artista disporá de 5 dias para desenvolver o seu projeto in situ. Será disponibilizado um rolo de papel com 10m, que deverá manter-se com esta dimensão para efeitos de exposição; todo o restante material ficará ao critério e a cargo de cada participante. Serão seleccionados 4 participantes. As dormidas serão custeadas pela organização. As obras são propriedade dos autores, embora estes outorguem os direitos de imagem à MM*.

Calendário
7 a 21 de Outubro - Candidatura, formalizada através de um email, com o CV e Portfolio, enviado para montanhamagica@labcom.ubi.pt;
Até 26 de Outubro - Comunicação da seriação
Até 30 de Outubro - Inscrição (20€)
1 a 15 Novembro - Residências


RESIDÊNCIA ARTÍSTICA # 02 - MONTANHA MÁGICA* 2021 - SEIA
TIAGO FERNANDES (Coord.)
MANUELA PENAFRIA, PAULO CUNHA, FERNANDO CABRAL (Org.)

Campo artístico: Cinema
Local: Sabugueiro, Seia, Serra da Estrela
Datas: 1 a 7 de novembro de 2021
Estreia: 6 meses após a residência
Coordenador/es: Tiago Fernandes
Participantes: 8

Após uma primeira edição realizada no ano de 2019, no concelho de Vinhais, que culminou com a produção de duas curtas-metragens inspiradas na Festa da Cabra e do Canhoto, da aldeia de Cidões, a Residência Artística Montanha Mágica* está de regresso no ano de 2021. Com inspiração no relevo e paisagem da Serra da Estrela, ao longo de sete dias, estudantes de Cinema da UBI estarão em Residência Artística no concelho de Seia, novamente sob o mote da Montanha Mágica*, num intercâmbio de experiências entre os estudantes da UBI e os habitantes locais, a propósito da Noite das Caçoilas, uma festividade comunitária e ancestral do Sabugueiro, uma aldeia de montanha. Sob coordenação e acompanhamento de docentes da UBI (Tiago Fernandes, Fernando Cabral, Paulo Cunha e Manuela Penafria), e com a tutoria de um realizador convidado, o objetivo desta residência é contribuir para o processo de documentação e preservação da memória coletiva, das tradições e das paisagens visuais e sonoras. Valor de Inscrição: Gratuito, mediante selecção.

Calendário:
7 a 21 de Outubro - Envio de candidaturas [c/ CV, Portfolio, Carta de Motivação] para resiart2021@gmail.com.
Até 26 de Outubro de 2021 - Seriação das candidaturas
Até 30 de Outubro de 2021 - Comunicação da seriação
1 a 7 de novembro de 2021 - Residência Artística Montanha Mágica* 2021 - Seia
26 Novembro - Apresentação pública / visionamento do primeiro corte / visionamento dos filmes produzidos na Residência Artística Montanha Mágica* - Vinhais (2019)
Parceria: CineEco - Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, Seia

Parceria:
CineEco - Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, Seia

Apoios:
Associação de Beneficência do Sabugueiro
Departamento de Artes, UBI
LabCom - Comunicação e Artes, UBI
Doutoramento em Media Artes, UBI
Cursos de 1º e 2º Ciclo em Cinema, UBI
Covilhã, Cidade Criativa da UNESCO em Design Casa Municipal da Cultura de Seia CineEco - Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela Associação Cultural Nós por cá todos bem

RESIDÊNCIA ARTÍSTICA # 03 - PAISAGEM ADENTRO
FERNANDO ARANDA, (Coord.)
Vale do Zêzere, Serra da Estrela, 8 a 12 de Novembro de 2021


Considerar uma perspetiva interior-exterior na aproximação aos lugares aprofunda a visão sobre a relação do ser humano com o entorno. Esse “fazer paisagem” implica uma prática tanto estética como ecológica. A investigação da natureza ajuda a entender certos fenómenos e a abrir a consciência ao mistério por detrás deles, constituindo o paisagista num actor corpóreo e sensível no palco da montanha. Neste sentido, a prática da caminhada estética e o exercitar da atenção são práticas que potenciam o adentramento nas montanhas ao paisagista. O envolvimento estético holístico contribui para questionar e denunciar as nossas relações na e com a natureza, atitude passível de nos conduzir a outro patamar de reflexão e de acção criativa, bem como a um entendimento social, económico e cultural mais integrado e sustentável. Por outro lado, esta atitude estética perante a paisagem evidencia a nossa pertença à biosfera. A prática da paisagem pode assim expressar tanto aspectos objectivos como, a um nível mais subtil e transcendente, ligar-se ao domínio do sagrado ou da unidade espiritual do todo.

Os trabalhos terão lugar no Vale Glaciar do Zêzere, Serra da Estrela, entre 8 e 12 de Novembro. Cada dia serão feitos diferentes percursos no vale, onde cada artista terá a liberdade de andar e parar para realizar e desenvolver o seu projeto. O material artístico ficará ao critério e a cargo de cada participante. As obras são propriedade dos autores, embora estes outorguem os direitos de imagem à MM*.

Calendário:
7 a 21 de Outubro – Candidatura, formalizada através de um email, com o CV e portfolio, enviado para montanhamagica@labcom.ubi.pt. Serão selecionados 3 artistas.
Até 26 de Outubro – Comunicação da seriação.
Até 30 de Outubro – Inscrição (20€).
8 a 12 Novembro – Residência Artística. Alojamento na Vila de Manteigas custeado pela organização. As refeições serão por conta de cada participante.
25 Novembro – Inauguração da exposição (local a anunciar).

Apoios:
Estrela Geopark

Projectos / Exposições / Instalações

MM* 2021 # 01 Performance
LIMITES TRANSITÓRIOS / TRANSIENT BOUNDARIES
Frederico Dinis
Museu dos Lanifícios, Real Fábrica Veiga

Transient boundaries é um projeto de investigação e de criação artística (practice-as-research) inspirado no património material e imaterial associado aos lanifícios da Covilhã e que se enquadra na área da performance audiovisual site-specific. Tem como propósito explorar a natureza diversa do som e sua relação com a imagem, estabelecendo uma ponte com a reconstrução de uma envolvente sensorial que remete para lugares (des)conhecidos e procura gerar interpretações diversas. Transient boundaries é uma performance audiovisual inspirada no património material e imaterial associado aos lanifícios da Covilhã, cujo território tem a capacidade de nos transportar para novas dimensões dos lugares que o integram. Trata-se de um território vivo que se tornou num valor universal, reconhecido pela sua história, e cuja memória preservada nestes lugares remetem para um sentido metafórico de complementaridade, espacial e de natureza geográfica. Na apresentação de transient boundaries altera-se o tempo e o espaço, remetendo para outros lugares (des)conhecidos, e transformando momentaneamente o espaço de apresentação num lugar cheio de novos significados e de novas memórias. (https://fredericodinis.wordpress.com). (transient boundaries foi apoiado pela Quarta Parede e desenvolvido no âmbito do Festival Y#17 – festival de artes performativas)


MM* 2021 # 02 Videoinstalação
OS OBJECTOS REFLECTIDOS ESTÃO MAIS PRÓXIMOS DO QUE PARECEM
João Braz
Faculdade de Artes e Letras, Antiga Tipografia

Os objectos reflectidos estão mais próximos do que parecem. Instalação video com som em sala escura. Duração: 10 minutos. 1080HD. Ao viajar pelo país deparamos-nos com inúmeros objectos instalados nas rotundas rodoviárias dispostos com o objectivo de inscrever uma mensagem na paisagem. Neles, sob forma de propostas artísticas, encontramos ecos de naturezas tão diversas como homenagens ou memórias colectivas. Ao circular por entre estes objectos não podemos deixar de pensar se é possível um território sem identidade tornar-se um lugar através deles. A versatilidade da ilha central da rotunda torna-a numa tela em branco que permite a criação artística em grande formato explorada por artistas locais, nacionais ou internacionais de relevância diversa. Poderão esses objetos ser arte pública? — Este video procura explorar a forma tensa como estes objectos singulares e pouco valorizados se relacionam com os espaços onde estão inseridos, num percurso feito não só de territórios físicos, mas também de identidade e memória. Um percurso à volta de dezenas de rotundas feito do ponto de vista do observador comum numa viagem que se transforma numa espiral infinita.


MM* 2021 # 03 Exposição
CAMINHOS DE PÉ POSTO E OUTRAS SERRAS QUE TAIS
Daniel Moreira E Rita Castro Neves Museu dos Lanifícios, Real Fábrica Veiga, Foyer

Caminhos de pé posto e outras serras que tais - A publicação que realizamos no contexto do encontro Montanha Mágica* Arte e Paisagem parte da nossa prática artística no território das chamadas Montanhas Mágicas, a partir dos maciços da Gralheira e de Montemuro. As serras da Freita, da Arada, do Arestal e do Montemuro - toponímia evocativa e de alto potencial romantizável – é território por nós efetivamente percorrido e ponto de partida para a criação desta publicação enquanto percurso imagético, entre-cortado, por folhas de texto, desenho e fotografia.


MM* 2021 # 04 Projecção
CORES DE OUTONO (2020), 7’
Realização: Lucas Tavares; Produção: Fausto Muniz
Museu dos Lanifícios

Cores de outono é uma sensorial viagem a um quadro em movimento, onde os nossos sentidos são desafiados por uma delicada imersão em imagens e sons de paisagens de outono. Como transgredir as fronteiras entre o cinema e a pintura? Em competição no Festival Caminhos do Cinema Português. Exibido no ShortCutz Aveiro. Prémio "Melhor Realização" na competição Take One, do Festival Curtas Vila do Conde. Integra o programa de curadoria "Made in UBI" na plataforma streaming DAFilms.com/


MM* 2021 # 05 Projecção
A ALDEIA DO DIABO (2020), 11’
Realização e produção: Bruno Acosta, Marcos Kontze, Melissa Gomes, Tom Freitas
Museu dos Lanifícios

Aldeia do Diabo mostra a relação entre os moradores da pequena aldeia de Cidões, no Norte de Portugal, e as crenças e tradições que a Festa da Cabra e do Canhoto representam para eles. O filme acompanha a figura do Diabo como fio condutor de uma narrativa secular que é recorrente nas festas populares de Trás-os-Montes. Em competição no FantasPorto e no CINENOVA-Festival de Cinema Interuniversitário de Lisboa. Integra o programa de curadoria "Made in UBI" na plataforma streaming DAFilms.com/


MM* 2021 # 06 Exposição
HISTÓRIAS DE UMA MONTANHA
Jesús Osorio
Museu de Lanifícios, Real Fábrica Veiga, Galeria de Exposições Temporárias

Histórias de uma montanha é um projecto artístico composto por uma série de desenhos e alguns textos. São histórias que surgiram do próprio ato de desenhar, tendo em mente o conceito inicial de Travesía; histórias nascidas da incerteza que dá o desconhecimento de um lugar, da memória deformada de outro, do esquecimento e da reinvenção, de lendas inéditas, visões enganosas, da curiosidade impossível de satisfazer, da vontade frustrante de viajar no tempo e de testar o teletransporte.


MM* 2021 # 07 Exposição
PAISAGEM ADENTRO
Fernando Aranda, Ânia Pais, Brígida Ribeiros e Miguel Oliveira
Museu de Lanifícios, Real Fábrica Veiga, Galeria de Exposições Temporárias


MM* 2021 # 08 Exposição
A PAISAGEM QUE ME REPRESENTA
Rui Algarvio/Luís Filipe Rodrigues
Museu de Lanifícios, Real Fábrica dos Panos, Galeria das Fornalhas
A ideia de partida desta Residência supunha interpretar a identidade do lugar / micropaisagem através da representação expressiva baseada nas interacções introspecção / extrospecção e imaginação / percepção. Estas dinâmicas, assentes na dialética subjetivo /objetivo, conduziram a uma representação de si, artista, através da interpretação do lugar / jardim. Rui Algarvio — Os Jardins da Malufa e a ideia de jardim foram a razão para criar um contexto específico que permitiu, através da vivência e da observação in loco, num determinado tempo, a realização de quatro desenhos. Este contexto não é mais do que a mediação entre o observado / vivenciado e a execução dos desenhos, onde cabe um caudal de aspectos que, direta ou indiretamente, podem ser vislumbrados nos desenhos apresentados. Luís Filipe Rodrigues — Na coordenação deste projecto desenvolveu-se toda uma reflexão verbal e artística. Com efeito, a minha interpretação artística do jardim sucedeu à do Rui, nutrindo-se da carga emotiva sobre os aspectos físicos a que se foi dando importância, tanto nas visitas ao lugar, como nos diálogos estabelecidos.


MM* 2021 # 09 Exposição
O SENTIDO DO LUGAR
Alunos do 1º Ano de Design Multimédia
Org. Francisco Paiva, Mónica Romãozinho, Joana Marques e Susana Lemos
Faculdade de Artes e Letras, Antiga Tipografia O Sentido do Lugar. Poéticas gráficas sobre e na Paisagem, é a apresentação ao público de um conjunto de projetos artísticos através do Desenho sobre o tema da Paisagem, realizados nas unidades curriculares de Desenho I e II, por alunos/as da licenciatura de Design Multimédia na UBI. Aqui, a Paisagem pode ser simplesmente encarada como representação da natureza ou género pitoresco ou, em última análise, entendida como artifício que liga um lugar ou o território à cultura humanística de quem o regista e experimenta. Os projetos apresentados implicaram por parte dos/as alunos/as um contacto direto com um espaço escolhido por cada um/a, obedecendo a critérios pessoais de significação e sentido e à recolha de elementos gráficos e registos fotográficos, trabalhados à posteriori em contexto de sala de aula. Pretendeu-se com este exercício familiarizar os/as alunos/as com os diversos modos e técnicas de representação da paisagem, nos seus aspetos formais, estruturais, espaciais, variantes tonais e cromática, assumindo um claro pendor pessoal e experimental, tendo em vista a problematização de um dos binómios: Apropriação/Paisagem; Lugar/Sujeito; Sentimento/Projeção; Caminho/Caminhante; Percurso/Pegada; Natural/Artificial; Paisagem/Ecologia; Forma/Espaço; Tonalidade/Cor; Luz/Sombra; Mapeamento/Simbologia; Unidade/Diversidade


Inscrição Geral

A participação no evento (Simpósio e Exposições) é aberta e gratuita, mas a inscrição é obrigatória, até ao dia 19 de Novembro, através de email para o efeito dirigido a montanhamagica@labcom.ubi.pt, indicando nome e afiliação.

A participação nas residências, mediante prévia seriação, carece do pagamento da taxa indicada, por transferência bancária a favor da Universidade da Beira Interior para:

  • Banco SANTANDER TOTTA
  • IBAN PT50 0018 0003 23220304020 89
  • SWIFT code TOTAPTPL

Organização



Coordenação Científica e Artística

Francisco Paiva, FAL Universidade da Beira Interior PT
Rita Sixto, FBA Universidad del País Vasco / Euskal Herriko Unibersitatea ES


Comissão Científica

António dos Santos Pereira, FAL Universidade da Beira Interior PT
António José Santos Meireles, Instituto Politécnico de Bragança PT
Adriana Veríssimo Serrão, FL Universidade de Lisboa PT
Alastair Fuad-Luke, University of Bozen-Bolzano IT
Ana Leonor Madeira Rodrigues, FA Universidade de Lisboa PT
Carmen Bellido Márquez, FBA Universidad de Granada ES
Carmen Marín Ruiz, FBA UC Madrid Grupo Humanidades Ambientales ES
Eduardo Paz Barroso, Universidade Fernando Pessoa PT
Fernando Garcia-Dory, inland - art, agriculture & territory ES
Francisco Tiago A. Paiva, FAL Universidade da Beira Interior PT
Hélène Saule-Sorbé, FBA Université Bordeaux 3 FR
Jesús Osório, FBA Universidad de Granada ES
João Carlos Correia, FAL Universidade da Beira Interior PT
João Paulo de Araújo Queiroz, FBA Universidade de Lisboa PT
Joaquim Mateus Paulo Serra, FAL Universidade da Beira Interior PT
Josu Rekalde Izagirre, FBA Universidade do País Basco ES
Juan Guardiola Román, Centro de Arte y Naturaleza, Huesca, ES
Luís Nogueira, FAL Universidade da Beira Interior PT
Manuela Penafria, FAL Universidade da Beira Interior PT
Manuela Pires da Fonseca, A Ribeira a Gostar dela Própria PT
Miguel Bandeira Duarte, EAAD Universidade do Minho PT
Miguel Santiago Fernandes, FE Universidade da Beira Interior PT
Pedro Gadanho, MAAT, Museu de Arte Arquitectura e Tecnologia PT
Paulo Luís Almeida, FBA Universidade do Porto PT
Paulo Manuel Ferreira da Cunha, FAL Universidade da Beira Interior PT
Paulo Oliveira Freire Almeida, EAAD Universidade do Minho PT
Paloma Villalobos, FBA Universidad Complutense de Madrid / Matadero ES
Rita Salvado, FE Universidade da Beira Interior PT
Rita Sixto Cesteros, FBA Universidad del País Vasco ES
Tiago Fernandes, FAL Universidade da Beira Interior PT
Txemi García Mediero, FBA Universidad del País Vasco ES
Urbano Mestre Sidoncha, FAL Universidade da Beira Interior PT
Veva Linaza Vivanco, FBA Universidad del País Vasco ES


Produção

LABCOM - Grupo de Artes - Universidade da Beira Interior, Covilhã, Portugal
LaSIA, Universidade do País Basco, Bilbau, Espanha


Comissão Executiva

Francisco Paiva, Coordenação Geral / francisco.paiva@labcom.ubi.pt
Mércia Pires, Secretariado / mercia.pires@labcom.ubi.pt +351 275 242 023 / ext. 1201
Sara Constante, Design e Apoio à investigação / sara.constante@labcom.ubi.pt
Beatriz Botelho, Design, Web Developer e Informática / beatriz.botelho@labcom.ubi.pt
João Tavares, SysAdmin e Web Developer e Informática / admin@labcom.ubi.pt


Parcerias

A Ribeira a Gostar dela Própria, São Domingos, Covilhã, http://www.ribeiradesaodomingos.ubi.pt/
Associação LUZLINAR, Feital, Trancoso, http://www.luzlinar.org/
Centro de Arte Contemporânea Graça Morais (CACGM) / Laboratório de Artes na Montanha, Bragança
CDAN - Centro de Arte y Naturaleza. Fundación Beulas, Huesca - www.cdan.es
Covilhã, Cidade Criativa da UNESCO em Design - www.covilhacriativa.com
COOLABORA - Cooperativa de Intervenção Social www.coolabora.pt
Cursos de Design Multimédia, 1º e 2º Ciclo, UBI https://www.ubi.pt/curso/33
Cursos de Cinema, 1º e 2º Ciclo, UBI https://www.ubi.pt/curso/57
Doutoramento em Media Artes da Universidade da Beira Interior. http://media-artes.ubi.pt/
École Supérieure d'art d'Aix-en-Provence, França www.ecole-art-aix
Estrela Geopark UNESCO.
Facultad de Bellas Artes de la Universidad del Pais Vasco, Bilbau, Espanha.
www.ehu.eus/es/web/bellasartes
Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior - www.museu.ubi.pt
New Hand Lab. www.newhandlab.com
Projeto Entre Serras - PES, https://projetoentreserras.wordpress.com
Stellae* Revista de Arte.http://ojs.labcom-ifp.ubi.pt/index.php/stellae


APOIOS

Universidade da Beira Interior
Fundação para a Ciência e a Tecnologia
Câmara Municipal da Covilhã
Câmara Municipal de Vinhais
Águas da Covilhã, EM
Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior
Estrela Geopark UNESCO


LabCom.Comunicação e Artes
laSIA
Doutoramento Media Artes
Universidade da Beira Interior
Universidad del País Vasco


Fundação para a Ciência e a Tecnologia
Programa Operacional Fatores de Competitividade
Quadro de Referência Estratégico Nacional
União Europeia

Stelae
Projetos Entre Serras
Museu dos Lanificios
Ecole Supérieure d'art d'Aix-en-Provence

Erasmus
ADERES
Aguas da Covilha

CM Covilha
Ministerio do Ambiente
Fundo Ambiental
Estrategia Nacional de Educação Ambiental

PESTANA
Covilha Cidade Creativa Design
Estrela Geopark
Centro de Arte y naturaleza
Cine Eco Seia


Contactos

Geral: montanhamagica@labcom.ubi.pt

Localização

Universidade da Beira Interior
Faculdade de Artes e Letras
Departamento de Comunicação e Artes
Rua Marquês D'Ávila e Bolama
6201-001 Covilhã, Portugal

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