Montanha Mágica* consiste num primeiro Encontro Internacional sobre Arte e Paisagem de Montanha com o propósito de articular três processos fundadores da moderna relação entre a arte, a cultura e o meio físico. Desde logo, (1) evoca-se a Paisagem, enquanto modo de ver e de representar, intimamente vinculado aos processos de predicação e de criação artística, capazes de revelar ou projectar atributos do campo extenso do território, exaltando-os simbólica e poeticamente; por outro lado, (2) discute-se a relação dialéctica entre Natureza e Artifício, com o propósito de lançar a reflexão sobre os processos de transformação da paisagem e de ordenamento do território no tempo histórico, os seus motivos e as suas consequências; por fim (3), sobretudo centrados no território montanhês actual, pretende-se promover a investigação baseada na prática artística (Artes Visuais, Cinema, Design e Arquitectura), através de colóquios, workshops de exploração multimediática, exposições e instalações in situ.
Um vasto lastro cultural encontra no estudo dos processos de representação a chave para compreender a relação entre o sujeito e o mundo, mais evidente depois do Romantismo e das sucessivas estéticas naturalistas, simbólicas e modernistas que inspiraram ideais pitorescos, e continua presente nas propostas de muitos criadores contemporâneos, atentos ao que de intrinsecamente humano as coisas nos devolvem. Neste propósito, o encontro Montanha Mágica* de 2018 convoca um leque de perspectivas sobre a Serra, enquanto tipo particular de referente territorial que organiza as Beiras, em termos estéticos, simbólicos e iconográficos. Obviamente, o mesmo decorre do quadro geográfico particular em que a Universidade da Beira Interior se encontra, nos contrafortes da Serra da Estrela, mas também é motivado pelo crescente interesse que a cultura e as comunidades de montanha, nas suas diversas vertentes, têm vindo a colher.
Desde os clássicos e símbolos míticos de Olimpo ou do Parnaso, a relevância civilizacional da montanha é reconhecida, encontrando ecos em muitos povos e religiões: como horizonte, eixo, centro, tecto do mundo, lugar de passagem, fronteira e encontro, mas também abismo. A montanha personifica um conjunto de valores e metáforas que transitam entre o visível e a experiência, entre o natural e o sobrenatural. Porém, as montanhas podem ser vistas apenas enquanto tal. Montanhas que, ao longo do tempo, inúmeros artistas foram revelando, através de processos mais ou menos complexos de representação, instalação ou interacção.
É neste quadro que se exortam todos os interessados a participar com ensaios, propostas de comunicação, projectos de criação artística ou workshops sobre a montanha, enquanto referente ou pretexto, inclusive explorando analogias com outros complexos montanhosos, numa base interdisciplinar, passível de articular conhecimentos, saberes e experiências provenientes de diferentes campos.
O Encontro Montanha Mágica* Arte e Paisagem (http://www.montanhamagica.ubi.pt) decorre na Universidade da Beira Interior e na região entre os dias 2 e 9 de Novembro de 2018. O seu programa resulta fundamentalmente de uma parceria entre a UBI / LABCOM / Doutoramento em Media Artes com a Faculdade de Belas Artes da Universidade do País Basco / Grupo de Investigação LaSIA, na qualidade de entidades organizadoras, contando com várias parcerias externas e apoios, a anunciar oportunamente.
Francisco Paiva, UBI / Rita Sixto, UPV-EHU
© MM*2018
MM* 2018 Actividades |
2 NOV 6ª feira |
3 NOV Sábado |
4 NOV Domingo |
5 NOV 2ª feira |
6 NOV 3ª feira |
7 NOV 4ª feira |
8 NOV 5ª feira |
9 NOV 6ª feira |
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simpósio projectos |
10-13h 14-17h |
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conferência comunicações |
10-13h 14-17h |
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workshops artísticos |
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residências artísticas |
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montagem exposição |
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exposição inauguração |
18-20h | 18-20h |
8 NOVEMBRO 2018 (1º dia - Simpósio)
5ª feira, Auditório da Biblioteca, UBI
9:00 - Abertura do Simpósio
Paulo Serra, Presidente do Instituto Coordenador da Investigação da UBI / Director do Labcom.IFP
José Rosa, Presidente da Faculdade de Artes e Letras da UBI
Regina Gouveia, Vereadora da Cultura da Câmara Municipal da Covilhã
José Armando Serra dos Reis, Presidente da ADERES, Associação de Desenvolvimento Estrela Sul
Rita Sixto (org.), LaSIA / Faculdade de Belas Artes da Universidade do País Basco, Espanha
Francisco Paiva (org.), Grupo de Artes do LABCOM.IFP / FAL UBI
Moderação : Francisco Paiva
10:00 - Daniel Moreira PT / Rita Castro Neves FBAUP PT
Residir é mais um atravessar
10:30 - Inés Garcia ES
Winterreis
11:00 - Carlos Casteleira ESAAIX FR
Projecto Entre Serras
11:30 - António Santos / Ana Pascoal IPB PT
Montanhas no meu caminho
12:00 - Rayman Virmond Juk UBI PT
Topofilia. 6'43"
12:15 - Tony Correia PT
Sentir a Estrela - Close to Heaven down to Earth 2’ 35”
12:30 - João Castro Silva FBAUL / Luzlinar PT
Jardim das Pedras: o projecto de intervenção artística a céu aberto da Luzlinar
13:00 -Almoço
14:30 - Francisco Paiva UBI PT
A Forma da Montanha
15:00 - Veva Linaza FBA UPV-EHU
Saltar por la ventana
15:30 - Tânia Araújo PT
Cumes e recantos mágicos da Serra da Estrela
16:00 - Rodrigo Braga BR
Contra a Natureza
16:30 - Nuno Meireles CLP.UC PT
Transmedia Pastoril da Serra da Estrela
18:00 - Inaugurações
Regina Gouveia, Vereadora da Cultura CMC
Rita Salvado, Museu de Lanifícios
Rita Sixto (org.), Universidade do País Basco, Espanha
Francisco Paiva (org.), Faculdade de Artes e Letras da UBI
Catarina Moura, Faculdade de Artes e Letras da UBI
Veva Linaza + Workshop Pintar con e na Natureza /
MUSLAN - Galeria das Fornalhas
António Santos + Workshop Montanhas no meu Caminho /
MUSLAN - Galeria das Fornalhas
Ana Pascoal + Workshop Montanhas no meu Caminho /
MUSLAN - Galeria das Fornalhas
Daniel Moreira / Rita Castro Neves - Residir é Atravessar /
MUSLAN - Real Fábrica Veiga
Colectiva PES c/ Rodrigo Braga, Erik Samakh, Micaela Vivero + Workshop Walking the Data / MUSLAN
9 NOVEMBRO 2018 (2º dia - Conferência)
6ª feira, Anfiteatro da Parada, UBI
9:00 - Abertura da Conferência
António Fidalgo, Reitor da Universidade da Beira Interior
Vítor Pereira, Presidente da Câmara Municipal da Covilhã
José Domingues, Vice-Director do Labcom.IFP
José Rosa, Presidente da Faculdade de Artes e Letras da UBI
Rita Sixto (org.), LaSIA / Faculdade de Belas Artes da Universidade do País Basco
Francisco Paiva (org.), Grupo de Artes do LABCOM.IFP / FAL UBI
Moderação : Francisco Paiva
10:00 -Adriana Veríssimo Serrão FLUL PT
A Experiência Metafísica da Alta Montanha
10:30 -António dos Santos Pereira UBI PT
A beiranidade: conceito ou realidade em construção
11:00 - Jean Cristofol ESAAIX AMU FR
Géographies de l'invisible
11:30 - Ana Moya Pellitero UE PT
Shan Shui e Tjukurpa, duas predicações somáticas da paisagem e as montanhas
12:00 - Debate
12:30 - Almoço
Moderação : Sónia de Sá
14:00 - Eliana Sousa Santos ISCTE CES.UC PT
De Castor a Castorp: Montanhas Mágicas
14:30 - Paulo Freire de Almeida EAUM PT
A Planície Desencantada
15:00 - Maria João Matos PT
Paisagens Urbanas de Montanha
15:30 - Javier Gonzalez Harguindey ETSAC ES
Montanhas, rios e ribeiras na infraestrutura verde
16:00 - Rita Sixto FBA UPV-EHU ES
Observadores en el paisaje
16:30 - Debate
17:00 - Conferência de Encerramento
Pedro Gadanho MAAT PT
“Sob Influência: Arte e Natureza Agora”
ABRAHAM POINCHEVAL
Abraham Poincheval (1972) é um explorador insaciável. Artista performer e professor na Escola Superior de Arte de Aix en Provence. As viagens que empreende exigem um compromisso total do corpo e da mente e levando-o a experimentar estados modificados de consciência. Itinerantes ou estáticas, as suas expedições vão ao encontro de uma lógica de expansão do território. As esculturas habitáveis apresentadas nas suas exposições funcionam como laboratórios nos quais este artista experimenta o tempo, o confinamento ou a perda progressiva dos sentidos. Estas naves que parecem vir directamente da imaginação de uma criança são os contentores que acolhem o artista, os objetos que perturbam a paisagem e que existem através das histórias de transeuntes e testemunhas.
ADRIANA VERÍSSIMO SERRÃO
A Experiência Metafísica da Alta Montanha
Lugar simbólico ou espaço geográfico? Santuário de revelação do divino ou formação geológica? Espaço inacessível, oscilando entre motivo de medo ou impressão de fascínio? — Do elenco muito amplo das interpretações histórico-culturais da Montanha, em tantos casos contrastantes, elegemos três posições filosóficas exemplares. Francesco Petrarca: a experiência fracassada da subida ao Monte Ventoux. A interpretação de Joachim Ritter do empreendimento de Petrarca: a ambivalência do nascimento da paisagem como categoria estética da Modernidade. Georg Simmel: As imagens da vida na tensão ascendente entre terra e céu, ou entre base e altura na subida dos Alpes.
Adriana Veríssimo Serrão - Professora associada com agregação no Departamento de Filosofia da Universidade de Lisboa, onde realizou o mestrado sobre a Estética de Kant (1985) e o doutoramento sobre a Antropologia de Ludwig Feuerbach (1996). Principais linhas de investigação: Estética, Antropologia Filosófica, Filosofia da Sensibilidade, Filosofia da Natureza e da Paisagem. É directora da revista Philosophica. CV DeGóis: 4417055512689742
ANA MOYA PELLITERO
Shan Shui e Tjukurpa, duas predicações somáticas da paisagem e as montanhas
Quando centramo-nos na experiência sensorial do corpo humano como mediador na experiência paisagística em detrimento da imagem na representação da paisagem, transformamos a predicação afetiva do lugar numa paisagem somática. Existem tantas formas de perceber, relacionar-se e construir a identidade do espaço físico como diferentes são os espaços ambientais, geográficos e histórico-sociais onde os seus habitantes aprendem a se relacionar física e mentalmente, adaptando-se socioculturalmente (Watsuji, 1935:2006, 23). O lugar transforma-se numa paisagem significativa porque há uma relação predicativa e afetiva de ações e intencionalidades cognitivas, estéticas, ideológicas e espirituais no seu reconhecimento e perceção. Analisaremos, na presente comunicação, a predicação da experiência afetiva do lugar, e especificamente da paisagem de montanha através da experiência corporal, na sociedade paisagística da China desde a Dinastía Han (206 a.C-220 d.C), a qual definiu, durante dos mil anos, a tradição paisagística da área cultural da Asia Oriental.
Ana Moya é investigadora doutorada, e bolseira de pós-doutoramento FCT, no Centro de História da Arte e Investigação Artística (CHAIA), Universidade de Évora (Referência: SFRH/BPD/101156/2014). Pós-graduada em Intervenção e Gestão da Paisagem para a Dinamização do Património Natural, Cultural e Turístico pela Faculdade de Geografia, da Universidade Autónoma de Barcelona (2009). Doutorada em História e Teoria da Paisagem e Cultura Urbana pelo Departamento de História e Teoria da Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Eindhoven (2007). É autora do livro “La percepción del paisaje urbano” (Madrid, Biblioteca Nueva, 2011).
ANA PASCOAL
Montanhas no meu caminho
Workshop de Desenho (c/ António Meireles), 3 de Novembro, Museu de Lanifícios, 5 a 15 participantes. — Na representação de espaços e formas através do desenho o processo não constitui dificuldade de maior em condições regulares de desenvolvimento. Como poderia ser? Praticamo-lo desde sempre e desde sempre a prática nos conduziu ao controlo de técnicas na mediação entre meios e suportes e o que pretendemos representar. O controlo que da experiência passada colhemos permite enfrentar o presente e em grande medida, antecipar o futuro, cumprindo-se o desenho como corolário não apenas do processo e da circunstância em si, mas de toda a nossa experiência anterior. — O que acontece quando o controlo que tão demorada e denodadamente desenvolvemos é posto em causa? — Partamos para uma viagem onde subiremos montanhas, que mais que obstáculos, serão meios para melhor compreender as viagens da nossa vida.
[ Sem título ] (Instalação, estrutura em arame e peça em gesso) - De baixo, a presença humana, avista a montanha, que de tão presente, mas distante, é mais sombra que matéria.
Ana Alexandra Pascoal Carreira (Lisboa) - Licenciatura em artes plásticas / escultura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Mestrado em estudos da criança - Universidade do Minho. Docente no Instituto Politécnico de Baragança e docente do ensino básico na área das Artes Visuais. Desde 2002 proferiu diverssa palestras e participou em numerosas exposições colectivas, entre as quais destaca Galeria Sta. Clara, Coimbra (2002), Coletiva de Desenho, Galeria 55, Cascais (2003), III Biennal Internacional de Bibuix Josep Amat. San Feliu de Guixols, Espanha (2005), Festival Escrita na Paisagem (2006) Instalação na praia Zambujeira do Mar e dinamização do “Andamento” no Fundão (2006), Individual no Museu dos Biscainhos, Braga (2007), Participação nos Encontros da Imagem, coletiva, Mosteiro de Tibães, Braga (2008), Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, Braga (2011), Instalação “Espaços habitados” com António Santos, Centro Cultural Adriano Moreira, Bragança. (2013). Vive e trabalha em Bragança.
ANTÓNIO SANTOS MEIRELES
Montanhas no meu caminho
Workshop de Desenho (c/ Ana Pascoal), 3 de Novembro, Museu de Lanifícios, 5 a 15 participantes. — Na representação de espaços e formas através do desenho o processo não constitui dificuldade de maior em condições regulares de desenvolvimento. Como poderia ser? Praticamo-lo desde sempre e desde sempre a prática nos conduziu ao controlo de técnicas na mediação entre meios e suportes e o que pretendemos representar. O controlo que da experiência passada colhemos permite enfrentar o presente e em grande medida, antecipar o futuro, cumprindo-se o desenho como corolário não apenas do processo e da circunstância em si, mas de toda a nossa experiência anterior. — O que acontece quando o controlo que tão demorada e denodadamente desenvolvemos é posto em causa? — Partamos para uma viagem onde subiremos montanhas, que mais que obstáculos, serão meios para melhor compreender as viagens da nossa vida.
De montanha a montanha
(Instalação, Dimensões variáveis, 2018) Os contextos que nos envolvem são tão importantes que em muitas circunstâncias somos conduzidos por eles. Não nos podemos esquecer, porém, que também somos os contextos e que, mesmo que numa medida muito pequena, os podemos criar, alterar ou anular. Podemos olhar a montanha ou tentar ser a montanha.
António José Santos Meireles (Guimarães, 1973) Licenciado em Artes Plásticas – Pintura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, Mestre em Desenho pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, em 2005 e Doutor em Belas Artes, especialidade em Desenho na mesma instituição de ensino em 2015. Título de Especialista em Belas Artes atribuído pelo consórcio dos Institutos Politécnicos de Bragança, Lisboa, Coimbra e Viana do Castelo em 2012. É docente do departamento de Artes Visuais na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança desde 2002. Sob o nome de António Santos, expõe desde 1995 com regularidade. Ganhou o 1º Prémio da IIIª Bienal de Artes Plásticas da Marinha Grande em 2000 e uma Menção Honrosa em Pintura - Xº Salão da Primavera do Casino Estoril em 1997. Tem obras em acervos da Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal de Braga, Câmara Municipal de Viana do Castelo, Museu do Vidro da Marinha Grande e Coleção de Arte do Instituto Camões.
ANTÓNIO DOS SANTOS PEREIRA
A beiranidade: conceito ou realidade em construção
Desenvolvemos a ideia da formação de uma região da Beira, anterior à formação de Portugal, junto às vertentes da Estrela, para norte, nos séculos XI e XII, a Beira Alta, com capital em Coimbra e polos em Seia, Viseu e Lamego, e para sul, a Beira Baixa, nos séculos XII e XIII, quando se formou o eixo Guarda, Covilhã, Fundão, e Castelo Branco. Em particular, este chegou aos nossos dias pleno de virtualidades, a todos os níveis, económicos, sociais, políticos, culturais e religiosos. A formação de uma Beira a norte da Estrela deve muito a algumas figuras como Fernando I de Leão (1037-1065) e D. Sesnando de Coimbra (1064-1091) e à Bula Apostolicae sedis de 1102, do papa Pascoal II, que garantiu a unidade da Beira, a norte da Estrela, por meio século ou seja até 1147, ao fazer tutelar todo o mundo religioso pela cidade do Mondego. A Beira Baixa deve muito ao rei D. Sancho que colocou a Sé egitaniense na Guarda e deu um forte impulso às elites covilhanenses e à Ordem do Templo para povoarem a Beira a sul da Estrela. O conflito posterior havido entre aquelas e esta permitiu a construção da ideia de cidadania comum, assinada na abadia de Santa Maria da Estrela, na Boidobra, em 1230, entre os moradores de Castelo Branco e os da Covilhã, que ainda hoje permanece válida e deve ser assumida como motivo de empenho por todos nas responsabilidades do desenvolvimento deste espaço interior do Douro ao Tejo.
António dos Santos Pereira é professor catedrático da Universidade da Beira Interior (UBI), na área das Letras, em particular da Cultura Lusófona, depois de uma longa carreira que iniciou, em 1976, a ensinar a Língua e a Literatura Portuguesas no Ensino Secundário. Estagiou na Universidade dos Açores (1981-1986) na área das Fontes e Problemática do Saber Histórica e publicou ali Vereações de Velas (S. Jorge 1559-1570-1571), em 1984, e A Ilha de S. Jorge (Séculos XV-XVII), em 1987. Neste ano, integrou a UBI e participou no lançamento dos cursos de Sociologia, Ciências da Comunicação, Letras e outros. A História dos Descobrimentos mereceu-lhe o estudo Portugal: o Império Urgente, em dois volumes, editado pela Imprensa Nacional, em 2003. O aprofundamento da História do Atlântico fê-lo integrar o Centro de História de Além-Mar da Universidade Nova de Lisboa entre 1999 e 2013. Desde 2014, é membro integrado do LabCom (UBI). Os fatores do desenvolvimento, a história regional e local, os nacionalismos, o iberismo, as livrarias antigas, os autores clássicos e as figuras da literatura portuguesa, a implantação e o evoluir do regime liberal e a história da imprensa periódica e da indústria têxtil diversificam as temáticas das suas publicações de que constituem exemplos Portugal Descoberto, vol. I: Cultura Medieval e Moderna; vol. II: Cultura Contemporânea e Pós-Moderna, em 2008, e Portugal Adentro: do Douro ao Tejo. O Milénio Beirão, em 2009. Como Diretor do Centro de Estudos Sociais da UBI, iniciou o projeto que levou à edição de Regionalização: Textos Oportunos, em 1998, e O Parlamento e a Imprensa Periódica Beirã em Tempos de Crise (1851-1926), em 2002. Tem apresentado estudos sobre as questões da Identidade com a melhor expressão na obra Representações da Portugalidade em cuja coordenação colaborou, editada em 2011, ano em que mereceu o Prémio de Mérito Científico Universidade da Beira Interior/Santander, na área das Letras. No ano corrente viu sair em edição dos CTT profusamente ilustrado o livro de que é autor sobre A Indústria Têxtil Portuguesa que suportou o recentemente considerado Melhor Selo do Mundo. Foi Presidente do Departamento de Letras da UBI, durante vários mandatos, exerceu até julho próximo passado o cargo de diretor do Museu de Lanifícios, Centro de Documentação e Arquivo Histórico da UBI e é Académico Correspondente da Academia Portuguesa da História.
CARLOS CASTELEIRA
Projecto Entre Serras
O Projeto Entre Serras, agricultura e biodiversidade consiste na criação de uma rota de arte contemporânea entre Portugal e Espanha. Convida artistas para realizarem, numa cooperação com as comunidades, ações experimentais e documentais em espaços naturais, explorando suas histórias e costumes. A relação entre o campo e a cidade está no centro do projeto, pois foi e é ainda o campo que alimenta as cidades com os seus produtos e imaginário. O Observatório da Paisagem, uma base de dados relacional entre fotografia, cartografia, território, corpo e paisagem constitui um elemento fundamental deste projeto. Nos trabalhos de Micaela Vivero, de Rodrigo Braga, de Erik Samakh e no projeto Walking The Data (workshop realizado de 29 de outubro a 3 de novembro com a UBI e a Escola Superior de Arte de Aix en Provence), apresentados na New Hand Lab e no Museu dos Laníficios, é a paisagem das serras e das cidades, a sua relação com as energias da montanha que são contempladas.
Carlos Casteleira - Com formação em ótica e em fotografia, é professor assistente na Escola Superior de Arte de Aix-en-Provence (França). É diplomado da ENSP de Arles (Ecole Nationale Supérieure de la Photographie). Trabalhou com a comunidade portuguesa do sul de França (“Ser e Estar” 1995 - éd. Créaphis) e com outras populações (Burkina Faso e Ilha da Reunião, Brasil, Cabo Verde e Moçambique). Curador na edição de 2011 da Bienal de Cerveira, tem sido convidado a participar nas edições posteriores. Organiza intercâmbios artísticos entre Brasil, Portugal e França. Dedica-se à realização de projetos ligados à questão do meio ambiente e da paisagem. Idealiza e coordena o "Projeto Entre Serras, Arte Contemporânea, Agricultura e Biodiversidade" https://projetoentreserras.wordpress.com
DANIEL MOREIRA
Daniel Moreira nasceu na Suiça, vive e trabalha no Porto, Portugal. Licenciado em arquitectura em 2000, iniciando no mesmo ano um percurso multidisciplinar entre a arquitectura e as artes plásticas. O seu trabalho aborda temas como a memória, o tempo e o lugar, onde através do desenho e da instalação abre um diálogo com a natureza e a ficção em torno da paisagem, numa reflexão sobre o próprio processo criativo. Tem desenvolvido vários projetos que são apresentados em diversos suportes como publicações de autor únicas ou de edição muito limitada. Participa em várias exposições individuais e coletivas como da arqueologia e dos lugares na Quase galeria no Porto, Ciclo ações estéticas quase instantâneas no Museu Nacional Soares dos Reis no Porto, Laking na Oksasenkatu 11 gallery em Helsínquia, Ilustrarte 2016 no Museu da Electricidade em Lisboa, Grafixx Greenhouse na Beldisches Festival 2017 em Frankfurt e Black Hole - Grafixx Festival 2015 em Antuérpia, 10º Prémio Amadeo de Souza-Cardoso no Museu Amadeo de Souza-Cardoso em Amarante, Encontros da Imagem em Braga, Tiny Universes na Tooth and Nail gallery em Adelaide, Austrália, What the hell is BOOTSBAU? na Bootsbau gallery em Berlim e Caderno de um mundo inacabado na galeria Abysmo em Lisboa. Desde 2015 que desenvolve projetos em colaboração com Rita Castro Neves. www.danielmoreira.net
ELIANA SOUSA SANTOS
De Castor a Castorp: Montanhas Mágicas
Numa altura em que se debate a ideia de identidade Europeia, e se assiste à sua fragmentação, parece pertinente percorrer os Alpes pela história cultural da Europa inscrita nessa paisagem. De Castor a Castorp evoca o cognome de Simone de Beauvoir, a quem os amigos chamavam Castor, assim como o apelido do protagonista de A Montanha Mágica de Thomas Mann—Hans Castorp. Seguimos o percurso destes e outros autores—de Stendhal a Sebald—num caminho que trilha o imaginário alpino desde o século XVIII até ao presente. A viagem foi organizada em quatro partes, deu origem a uma série de quatro ensaios, escritos e fotográficos, que representam diferentes paisagens e identidades culturais marcadas por obras literárias, arquitectónicas e autores cruciais que definem parcialmente a memória cultural Europeia.
Eliana Sousa Santos é arquitecta, investigadora e professora de Arquitectura. Foi galardoada com o Prémio Fernando Távora em 2017. Foi curadora da exposição The Shape of Plain (Museu Gulbenkian Lisboa 2016/17), um projecto associado à Trienal de Arquitetura de Lisboa 2016. Foi bolseira de pós-doutoranda na Universidade de Yale, em 2013/14. Actualmente trabalha no projeto "Forma do tempo de George Kubler: O efeito historiográfico da arquitectura chã portuguesa no Portugal pós-revolucionário" no CES, Universidade de Coimbra, com uma bolsa de investigação atribuída pela FCT. Licenciada em arquitectura pela Universidade Técnica de Lisboa, mestre pela Universidade de Coimbra e doutorada pela Universidade de Londres. Trabalhou na West 8 e na Sousa Santos Arquitectos. Leccionou na ESAD.CR e é actualmente professora auxiliar no Departamento de Arquitectura do ISCTE em Lisboa.
ERIK SAMAKH
Exposição, instalações - Pirilampos
Erik Samakh é um artista plástico que trabalha com novas tecnologias e elementos naturais frequentemente sonoros e luminosos, estabelecendo um diálogo constante entre o homem e a natureza, onde o espaço se torna um lugar de escuta. Professor das Escolas Nacionais Superiores de Arte, em França, desde 1989. Muitos dos seus trabalhos foram realizados em espaços naturais como parques nacionais ou regionais ou reservas geológicas (Réserve géologique de Digne les Bains, 1° Géopark da UNESCO, Parque Nacional de Tijuca no Rio de Janeiro, Centre international d’art et du paysage de Vassivière, Parque National de Jirisan na Coreia do Sul e outros locais). Em 2017, a intervenção de Erik Samakh nas serras envolvidas no Projeto Entre Serras (Açor, Estrela, Gardunha, Malcata/Mesas), consistiu na instalação de luzes em lugares emblemáticos que, no seu conjunto, simbolizam a Rota da Arte contemporânea. As pequenas luzes LED, alimentadas por energia solar, foram concebidas por Erik Samakh para imitar o pulsar de pirilampos durante a noite, criando lugares poéticos e proporcionando aos turistas e visitantes uma experiência de integração com o meio envolvente. Os pirilampos são visíveis ao cair da noite. Protocolos de visitas e de sensibilização à arte contemporânea foram e vão ser acionados com a colaboração de grupos de caminheiros, escolas e outras entidades ligadas a natureza e ao turismo. Passo a passo, vai-se revelando a rota: pioneiras, as pequenas luzes iluminam o espaço, deixando indícios e rastos, memórias de futuros reencontros com os homens que constroem as paisagens. http://www.documentsdartistes.org/artistes/samakh/repro.html
FRANCISCO PAIVA
A forma da Montanha
O modo como o olhar se perde nos montes é sempre novo e diverso. As montanhas personificam uma batalha contra o horizonte. A tal ponto chegou o mistério que estes acidentes geográficos foram moldando o pensamento mítico, tanto no Oriente como no Ocidente. Cada montanha, cada cordilheira é uma entidade própria, que proporciona um modo particular de ascenção, constiui-se como fronteira específica e magnetiza um imaginário muito próprio, ainda que nem sempre a iconografia o traduza de forma cabal. O sonho com o grande Cataio apenas se desfez quando, pela mão de António de Andrade os portugueses de quinhentos atravessaram os Himalaias. Foi um feito comparável à travessia do oceano, uma boa metáfora das dificuldades, mas também do deslumbramento. Talvez por essa razão, Ferreira de Castro situe na Estrela uma das cenas-chave de A Lã e a Neve. É em torno dela que tudo roda, na voz de Torga. Mas o ponto-de-vista não será alheio ao meio de expressão, e as artes visuais dão-nos consciência de uma progressiva e paradoxal passagem da humanidade, que também afecta as montanhas, e está bem presente na obra magistral de Thomas Mann: à medida que o mundo se foi tornando mais ruidoso e veloz, a representação foi cedendo terreno à muda apresentação ou à mera inscrição no que antes era um motivo e se torna progressivamente realidade. É este fluxo predicativo que nos intriga.
Francisco Tiago Antunes Paiva (Covilhã 1973). Professor Associado da Universidade da Beira Interior (UBI), onde dirige o curso de 3º Ciclo/ Doutoramento em Media Artes. Doutor em Belas Artes - Desenho pela Universidade do País Basco, licenciado em Arquitectura pela Universidade de Coimbra e licenciado em Design pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Coordena o Grupo de Artes e Humanidades do LabCom. Desenvolve pesquisa e criação sobre processos espacio-temporais, intermedialidade e identidade nas artes. Integra comissões científicas de eventos e de diversas publicações internacionais especializadas. Coordenador científico da DESIGNA, Conferência Internacional de Investigação em Design e da plataforma Montanha Mágica* Arte e Paisagem. Integra ainda a CooLabora, cooperativa de intervenção social.
FRANÇOIS PARRA
François Parra - (1968). Vive em Marselha. Artista plástico e Professor da Escola Superior de Arte de Aix en Provence. Desde o início que trabalha o som e a sua relação com o espaço. Constrói interfaces de produção sonora relacionadas com o seu corpo, até ocupar progressivamente o espaço de forma autónoma. Formado em técnicas de áudio digital nos estúdios do GMEM, em Marselha, a colaboração com diversos compositores conduziram-no a preocupações com questões de escrita temporal, mantendo um vocabulário de artista visual. Para ele, o som é, acima de tudo, um material de reestruturação infinita do espaço que modifica os modos de relacionamento social. Propõe ao público manipular, pelo uso de sensores e de interfaces projetadas para a web, programas que capturam certos tipos de sons e os integram em composições complexas. Tem integrado vários coletivos de artistas, como Daisychain, NøDJ/NøVJ, Cap15. Trabalha regularmente para espectáculos ao vivo, em rádio e vídeo.
INÉS GARCIA
Wintereis ou Jornada de Inverno
Como um viajante romântico atravessaremos diferentes paisagens: poesia, música, escultura e cinema. Uma viagem ao processo criativo de Inés García, desde as suas primeiras instalações minimalistas até ao seu mais recente projecto.
Inés García (Bilbau 1983) - A sua prática artística centra-se no movimento, o tempo e a precariedade entre a realidade objectiva e a realidade poética. Enquanto artista, está especialmente interessada na criação de espaços que não se referem a um mundo externo, mas a uma representação mental. Instalações e imagens em movimento que removem precisamente as fronteiras entre o real e o irreal para causar uma ambiguidade inquietante, um deslize entre o sono e o despertar. Formada em Belas Artes na Universidade de Barcelona, durante a sua carreira académica recebeu uma bolsa de estudos para estudar no exterior, em Bali, por um ano. Participou em oficinas ministradas por Cristina Iglesias, Abbas Kiarostami, Víctor Erice, Gabriel Orozco e Wilfredo Prieto. Participou em exposições em Barcelona, Madrid e Bilbau. Os seus vídeos foram exibidos no CA2M, Tabakalera, La Conservera em Murcia, no LOOP e no Festival SCREEN em Barcelona, entre outros. A nível internacional, as suas peças audiovisuais foram exibidas em vários festivais, como Les Rencontres Internationales Paris / Berlim, no Festival de Videoarte Latino em Nova York, no Festival de Cinema de Teerão e na FIVA de Buenos Aires. Tendo-se apresentado em Lisboa, Atenas, Montreal e Nottingham. Em 2018 realizou a sua primeira grande exposição individual: WINTERREISE na BilbaoArte Foundation e participou em grupos como NEW SPAIN na Galeria Solar em Vila do Conde ou EMBARRAT no Museu Trepar, em Tárrega. Foi seleccionada nos festivais de cinema Punto de Vista e KurtzFilm Oberhausen. www.ines-garcia.com
JAVIER GONZALEZ HARGUINDEY
Montanhas, rios e ribeiras na infraestrutura verde
(resumo disponível em breve)
Javier Gonzalez Harguindey - Arquitecto. Especialidad en urbanismo. Técnico Urbanista por la Escuela Gallega de la Administración Pública. 2008. Doctor arquitecto. 2015. Título tesis: El sistema urbano en el noroeste de España. Profesor de Urbanismo en la Escuela Técnica Superior de Arquitectura de A Coruña desde el año 2009. Entre los años 2001 a 2011 trabaja en la Oficina Consultores de Medio Ambiente y Desarrollo, S.L. Ejerciendo labores de proyecto y coordinación en más de 190 planes, proyectos y estudios. Desde el año 2004, ejerce de arquitecto consultor experto en temas relacionados con el urbanismo, el proyecto urbano, la ordenación del territorio y la planificación estratégica. En el año 2015 funda el OBSERVATORIO METROPOLITANO DE GALICIA, página web interactiva dedicada a promover el conocimiento de la realidad urbana gallega desde los puntos de vista del urbanismo, el medio ambiente, la sociología o aspectos económicos. En 2016 funda la empresa UrbanSyntax S.L., que opera comercialmente bajo la marca UrbanSyntaxLab especializada en el análisis, diagnostico e intervenciones en entornos urbanos.
JEAN CRISTOFOL
Geographies de l'invisible (Geografias do Invisível)
A questão que se coloca nesta conferência é a da relação entre três elementos: dispositivos cartográficos (modelos teóricos, sistemas tecnológicos, contextos económico-políticos, formas de representação), a invenção dos territórios e os experimentações artísticas que lhes correspondem. Trata-se, em particular, de mostrar como a partilha entre o visível e o invisível é representada e como os artistas brincam com as diferenças entre esses dois termos. Deste ponto de vista, veremos que os espaços "críticos" se tornam desafios e testemunhas. É o caso da montanha, mas também do mar e do deserto. São então esses "espaços" que se tornam reveladores do que está em jogo entre o mapa e o território.
Jean Cristofol é professor na École des Beaux-Arts d’ Aix-en-Provence, onde ensina filosofia e epistemologia. É investigador do laboratório Percepção, Representação, Imagem, Som, Música / Perception, Représentation, Image, Son, Musique (PRISM, AMU-CNRS). É também membro do colectivo AntiAtlas des frontières e integra a direção editorial do jornal antiAtlas (antiatlas-journal.net).
JOÃO CASTRO SILVA
Jardim das Pedras: projecto de intervenção artística a céu aberto da Luzlinar
O Jardim das Pedras é um lugar de experimentação plástica que se define como sujeito, material e espaço de exposição e onde a reflexão e o pensamento são permitidos através da observação e especulação prática das relações formais de um objecto, de objectos entre si e destes com o espaço onde eles interagem. Em todas as acções de criação no Jardim das Pedras é promovida a integração do objecto no espaço físico e no espaço sensível. Não é a usual implantação de formas que são impostas num lugar, mas uma obra que, sendo o reflexo íntimo de um autor, é uma mistura de partilha e comunhão com o espaço e a população que os acolhe. O Jardim das Pedras é a justificativa e premissa de um laboratório de excelência a céu aberto para a prática artística: acção / pensamento na observação / experimentação contínua das relações formais entre os objectos e a especificidade do ambiente em que se encontram. Como espaço de especulação e na busca pela inscrição do lugar, questões relacionadas à Escultura e Artes Plásticas na contemporaneidade e sociedade são questionadas, na tentativa de compreender os limites da intervenção plástica. A possibilidade de uma prática reflexiva através dos meios de criação artística e investigação permanente sobre o momento vivido, o espaço habitado e a comunidade.
João Castro Silva (Lisboa, 1996) - Professor Auxiliar na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Escultor. Licenciatura em Escultura Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa em 1992. Frequência do Curso "Bronze Casting" Royal College of Art– Londres em 1994. Mestre em História da Arte, Universidade Lusíada de Lisboa em 2001. Doutor em Escultura, Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa em 2010. Coordenador do Mestrado em Escultura; Coordenador do Grupo de Escultura da CIEBA (Centro de Investigação e Estudos em Belas Artes); Colaborador estrangeiro no grupo de investigação LEENA - Laboratório de Extensão e Investigação em Artes, da Universidade Federal de Espírito Santo, Brasil. Expõe individualmente desde 1996, participando em simpósios e concursos de escultura e tem obra pública em Portugal e no estrangeiro. É director Artístico da Luzlinar.
http://joaocastrosilva-escultura.blogspot.com/
JURGEN NEFZGER
Jürgen Nefzger , artista fotógrafo e professor na Escola Superior de Arte de Aix en Provence, aborda temas relacionados com a paisagem contemporânea no plano documental. Observador crítico de uma sociedade consumista, observa as paisagens marcadas por atividades económicas, industriais e de lazer. Trabalhando por séries, realizou vários projectos em torno das áreas urbanas, pensando em questões ambientais. As imagens constroem narrativas que permitem a imersão num universo sempre marcado pela presença humana. As problemáticas sociais e políticas emergem dessas histórias, convidam o espectador a uma experiência estética que o envolve como indivíduo responsável pelo mundo em que se insere.
MARIA JOÃO MATOS
Paisagens Urbanas de Montanha
Aborda-se, inicialmente, o contexto alpino como paradigma da montanha europeia nos campos da arquitetura, do urbanismo e da paisagem. Neste âmbito, os eixos de aproximação à realidade alpina centram-se em três aspetos principais: a influência do paradigma alpino no espaço europeu, a arquitetura alpina como construtora de paisagem, desde o Movimento Moderno, e as particularidades do contexto urbano alpino. Este último diz respeito à evolução da relação cidade-montanha e aos desafios e tendências atuais, observados a diferentes níveis e escalas. Numa segunda parte, o paradigma alpino apresenta-se como contributo para o estabelecimento de uma imagem de cidade em sintonia com a paisagem de montanha, no contexto português, aplicada ao caso Covilhã - Serra da Estrela. Esta análise passa tanto pela observação diacrónica da relação cidade-montanha ao longo dos últimos dois séculos, como pelo lançamento de pistas para um desenvolvimento urbano em sintonia com o meio natural e paisagístico.
Maria João Matos é doutorada em Arquitectura (UBI/U.Paris8), mestre em Cidade Território e Requalificação (ISCTE), licenciada em Arquitectura (FA-UTL). Foi Assistente Convidada na UBI e Professora Auxiliar na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT), no Mestrado Integrado em Arquitectura e na Licenciatura em Urbanismo e Território. Como investigadora, esteve associada aos centros de investigação da ULHT- LABART e da FAUL- CIAUD. Colaborou ainda com a Ordem dos Arquitectos como Relatora Externa do Conselho de Disciplina da Secção Regional Sul. Actualmente trabalha como Gestora de Ciência e Tecnologia. Áreas de interesse e investigação: teoria da paisagem, o papel da paisagem na concepção arquitectónica e territorial, paisagem urbana de montanha, teoria e prática do desenho urbano, regeneração de frentes de água urbanas.
MICAELA VIVERO
Corrente
A existência de abundantes cursos de água na Covilhã foi uma das razões fundamentais para a implantação da indústria têxtil na cidade. Durante um mês de residência artística no Museu de Lanifícios da Universidede da Beira Interior olhei para os múltiplos aspectos do uso da água. Com esta obra, intitulada precisamente Corrente, quero ressaltar a importância da água enquanto recurso fundamental no processo de criação têxtil e simultaneamente realçar a beleza e a presença no espaço do tanque de água, uma estrutura arqueológica preservada. Recorrendo à cor e a uma certa direccionalidade, pretendi potenciar o imaginário sobre a iminente presença da água.
Micaela de Vivero é equatoriana. Trabalha e reside actualmente em Ohio nos Estados Unidos, sendo professora na Universidade de Denison. O seu trabalho artístico tem sido exposto em grupo e individualmente no Equador, Colômbia Brasil, Estados Unidos da América, Espanha, Irlanda, Finlândia, Áustria, Suíça, Bulgária, Arménia e Portugal. Realizou em Abril de 2018 uma residência artística no Museu de Lanifcios da Universidade da Beira Interior numa parceria com o Projecto Entre Serras.
NUNO MEIRELES
Transmedia Pastoril da Serra da Estrela - Performance
Depois da primeira apresentação em 1527, por Gil Vicente, da Tragicomedia Pastoril da Serra da Estrela, não ouvimos mais as suas vozes, nem sabemos bem como se moviam ou era a sua presença. A palavra impressa em livro registou e informa-nos, mas reduz inevitavelmente a um medium o que se passava em vários. O tempo presente dota-nos de outros registos do performativo, mas também de instrumentos de criação. Portanto, seguindo a atenção de Gil Vicente às novidades do seu tempo, também nesta “Transmedia Pastoril da Serra da Estrela”, se explora vídeo, voz gravada, presença e as palavras escritas por Gil Vicente. Recriação e performance de Nuno Meireles, invocando a montanha da Serra da Estrela, a montanha de media à disposição, e a montanha da fortuna crítica sobre o texto presente. (Performance - Video, voz, palavra e presença)
Nuno Meireles - nascido em 1975, licenciou-se em Estudos Teatrais pela Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (IPP). Concluiu a parte curricular tanto do mestrado em Performance Artística – Dança (FMH-UTL), como do Doutoramento em Estudos da Criança (UM). Tem sido docente no ensino superior artístico, sobretudo ESMAE-IPP, ESAP, ILCH-UM, ESE-IPB e IE-UM. Do seu percurso teatral destaca-se a passagem pel´ A Escola da Noite, como actor em textos de Gil Vicente, assim como a sua actividade de encenador e dramaturgista no Ensemble Vicente, Teatro do Filósofo com o Parvo atado ao Pé e ainda a solo, sempre com textos do poeta quinhentista. É sob a figura de Gil Vicente que ingressou no Doutoramento FCT em Materialidades da Literatura. A sua investigação sobre a voz, a intermedialidade e os registos videográficos vicentinos é documentada em https://intermediavicente.wordpress.com/ .
PAULO FREIRE DE ALMEIDA
A Planície Desencantada
Como contraste em relação à Montanha Mágica, fonte de deslumbramento e sublime, a paisagem contemporânea assume-se como anónima, prosaica e nivelada, uma “Planície Desencantada” sem mistério nem transcendência. As suas figuras concetuais serão o “não lugar” (Augé) ou o “terrain vague” (I.S. Morales), enquanto espaços despovoados e amnésicos, mas também como espaços de uma “nova selva” (Farley & Roberts). Atualmente nas artes visuais essa iconografia reflete o território moderno, através de uma experiência do quotidiano e do prosaico. Como poderíamos formular essa relação nos termos de uma oposição entre a consciência como fonte de representações e a paisagem como suporte iconográfico? Nesta apresentação propõe-se que um máximo de subjetividade e autoconsciência se projeta no suporte diluído da paisagem anónima e quotidiana, como uma derradeira vontade de presença e significação.
Paulo Freire de Almeida - EAUM/Lab2PT - Licenciado em Artes Plásticas / Pintura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto em 1993, Doutorado em Desenho e docente na Escola de Arquitectura da Universidade do Minho e Investigador do Laboratório de Paisagens Património e Território. Nessa qualidade tem-se dedicado ao estudo da perceção do espaço e das formas contemporâneas de representação da paisagem em pintura e desenho, especialmente no tema das paisagens anónimas e comuns da periferia e do quotidiano. Entre 2012 e 2015 foi Vice-Presidente da EAUM. Como docente ensina ainda nas licenciaturas em Design Marketing e Moda, Design de Produto, Mestrado em Tecnologia e Arte Digital e Mestrado Integrado em Arquitetura. Desde 2017 é Professor Associado de Desenho. É membro integrado do Laboratório de Paisagens Património e Território. Desde 1993 realiza exposições em Artes Visuais. Como artista visual dedica-se à série de desenhos “Sombra Eléctrica.”
PEDRO GADANHO
Sob Influência: Arte e Natureza Agora
(resumo disponivel em breve)
Pedro Gadanho - Director do MAAT, Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, em Lisboa. é licenciado em Arquitetura, pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), mestre em Arte e Arquitectura pelo Kent Institute of Art and Design do Reino Unido, e doutorou-se em Arquitectura e Mass Media pela FAUP, onde também foi docente. Foi professor convidado em várias instituições europeias, incluindo a BIArch- Barcelona Institute of Architecture, na capital catalã, e a Ecole Spéciale d'Arquitecture (ESA), em Paris. Foi ainda cofundador e diretor do Centre for Contemporary Urban Culture (CUC), tendo feito parte do conselho estratégico do pavilhão britânico da Bienal de Veneza de 2010 e da DAC/REALDANIA Urban Futures Think Thank em 2011, em Copenhaga. Foi curador de arquitetura contemporânea do Museu de Arte Moderna, em Nova Iorque, onde coordenou o Young Architects Program e organizou exposições como 9+1 Ways of Being Political, Uneven Growth, Endless House e A Japanese Constellation. Foi co-diretor da ExperimentaDesign, comissariou Metaflux, representação portuguesa na Bienal de Veneza de Arquitetura, e foi curador de mostras como Space Invadors, Post.Rotterdam e Pancho Guedes, um Modernista Alternativos. Foi ainda o editor do bookazine Beyond, Short-Stories on the Post-Contemporary, do blog Shrapnel Contemporary, e contribui regularmente para publicações a nível internacional. Mestre em arte e arquitetura e doutorado em arquitetura e mass media , é o autor de Arquitetura em Público, Prémio FAD de Pensamento e Crítica em 2012. Pedro Gadanho foi ainda editor da revista BEYOND, Short Stories on the Contemporary, do blog ShrapnelContemporary e coautor de duas séries de televisão sobre arquitetura, entre 2000 e 2003.
RAYMAN VIRMOND
Topofilia
Topofilia é o conceito relacionado aos laços afetivos entre o ser humano e o ambiente físico, o lugar. Lugar parte da perspectiva da experiência do observador, da relação com o tempo, o espaço e a percepção da paisagem. Este filme é um estudo sensorial sobre a experiência de subir uma montanha. Faz parte da investigação " Caracterização e conservação de trilhas: um estudo sobre a paisagem do Morro do Anhangava- Parque Estadual Serra da Baitaca", apresentada como tese de graduação em geografia na Universidade Federal do Paraná, onde foi realizado um estudo sobre as paisagens da montanha, relacionando geografia física, geografia humana, geografia da percepção, fenomenologia, cinema documental e cinema experimental.
Rayman Virmond trabalha como filmmaker e artista interdisciplinar, realizando documentários, vídeos experimentais e videoclipes. Desenvolve investigações relacionando cinema experimental, documentário e geografia. É mestrando em cinema na Universidade da Beira Interior. É licenciado em Geografia pela Universidade Federal do Paraná, com trabalho de conclusão de curso sobre paisagens do Morro do Anhangava- Serra da Baitaca (Paraná, Brasil), tendo produzido um documentário experimental sobre a percepção da ascensão à montanha. Estudou cinema no Centro Europeu, com ênfase em documentário, e cinematografia na Bande à Part, em Barcelona, com especialização em direção de fotografia e câmera.
RITA CASTRO NEVES
Rita Castro Neves acabou o Curso Avançado de Fotografia do Ar.Co (Lisboa) em 1995, o Master in Fine Art da Slade School of Fine Art (Londres) em 1998, frequentando atualmente o programa de Doutoramento em Arte Contemporânea do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. Expõe regularmente em Portugal e no estrangeiro, tanto em espaços estabelecidos (Museu de Arte Moderna da Bahia, Spike Island, Bristol, The Courtauld Institute of Art, Londres, Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto, Korjaamo Gallery, Helsínquia, Museu da Imagem, Braga, Museu Nogueira da Silva, Braga, Museu do Neo-Realismo, Vila Franca de Xira, Fábrica Asa, Guimarães Capital Europeia da Cultura) como em locais ditos não convencionais (escola primária, apartamento alugado, casa de banho pública, loja de discos, montra de um restaurante). Desde 2015 que desenvolve projetos em colaboração com Daniel Moreira. Desenvolve projetos de curadoria em artes plásticas e na área da Live Art, incluindo Amorph!98 em Helsínquia, Dia E Vento no Teatro do Campo Alegre, Porto, 2001, Brrr com o Teatro Nacional São João/ Teatro Carlos Alberto/ Porto 2001 Capital Europeia da Cultura, de 2006 a 2012 o festival anual de Artes Performativas Trama com a Fundação de Serralves, Porto, em 2012 o Sintoma nº 0 na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, e em 2013 o Sintomas e Efeitos Secundários em colaboração com o Instituto de Investigação da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto(InEd), numa co-curadoria com Fátima Lambert e Rita Xavier Monteiro. Atualmente é docente na Faculdade de Belas Artes do Porto da Universidade do Porto onde criou e dirige a Pós Graduação em Performance. Foi docente na ESMAE/IPP na Licenciatura e no Mestrado em Comunicação Audiovisual. Fotografia e Cinema Documental. De 2005 a 2008 foi Coordenadora Pedagógica do Instituto Português de Fotografia, pólo do Porto. É membro colaborador do i2ADS Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade da Faculdade de Belas Artes, Universidade do Porto, onde criou e coordena o grupo Sintoma. Performance. Investigação. Experimentação. http://ritacastroneves.com/
RITA SIXTO
Observadores en el paisaje
Hablamos sobre dos imágenes: la primera, una fotografía que Bruce Chatwin tomó de la matemática Maria Reiche, estudiosa de las líneas de Nazca; la segunda, la de una intervención del artista contemporáneo Christian Hasucha en una meseta de Turquía. Ambas muestran a los sujetos protagonistas oteando el horizonte subidos a una escalera en pleno paisaje. ¿Qué tipo de observación realiza cada uno?, ¿qué ofrece el territorio a su mirada?, ¿qué sentido podemos darle a cada una de esas figuras en el paisaje?. La observación forma parte, probablemente, de cualquier proceso de investigación. A través de la lectura de ambas imágenes, pretendemos encontrar alguna clave que nos permita pensar en la práctica del arte como forma de investigación, cuando esta se vincula al paisaje.
Rita Sixto Cesteros (Trives, 1962), es profesora en el departamento de Dibujo de la Facultad de Bellas Artes de la Universidad del País Vasco. Con la dirección de Adelina Moya defendió en 1998 la tesis titulada Instante y duración. Aproximación a la temporalidad fotográfica, y se sigue interesando por las relaciones entre arte y tiempo, así como por las imágenes en general. Trabaja sobre la dimensión investigadora de la práctica artística. Le interesan especialmente los procesos de observación y memoria, como parte del proceso poiético. Coordina el proyecto de investigación titulado El lugar del sujeto en la investigación artística basada en la práctica.
RODRIGO BRAGA
Ambiente e atitude artística
O artista fará uma apresentação panorâmica dos trabalhos mais significativos de sua trajetória, com ênfase em obras que envolvem seu próprio corpo em ação no espaço, lidando com matérias naturais, alterando paisagens e situações existentes, para a construção de universos ficcionais que nascem da observação e imersão no ambiente a partir de vivências reais in loco, fazendo surgir confabulação em fotografias e vídeos.
Rodrigo Braga - Nascido em Manaus, Brasil, em 1976, logo mudou-se para Recife, onde graduou-se em Artes Plásticas pela UFPE (2002). Atualmente vive entre Paris e Rio de Janeiro. Expondo desde 1999, em 2012 participou da 30ª Bienal Internacional de São Paulo; um ano depois exibe a obra Tônus no Cinema do MoMA PS1 e, em 2016, realizou individual no Palais de Tokyo, Paris. Recebeu alguns dos prémios mais importantes do Brasil, como, em 2012, o Prémio Pipa/MAM Rio de Janeiro e, em 2013, o Prémio MASP Talento Emergente (São Paulo). Rodrigo Braga é convidado pelo Projeto Entre Serras e será o próximo artista a realizar uma residência com apresentação do seu trabalho no Museu de Arqueologia do Fundão com o apoio da Câmara Municipal. Possui obras em acervos particulares e institucionais em diversos países, como MAM São Paulo e Maison Européenne de La Photographie, em Paris.www.rodrigobraga.com.br
TÂNIA ARAÚJO
Cumes e recantos mágicos da Serra da Estrela
Tal como descrevia Miguel Torga, a Serra da Estrela guarda muitos tesouros e recantos mágicos, só descobertos por quem procura para além daquilo que é visível das suas estradas e do que é ambicionado pelo turismo de neve. “A Estrela, essa, guarda secretamente os ímpetos, reflectindo-se ensimesmada e discreta no espelho das suas lagoas. Somente a quem a passeia, a quem a namora duma paixão presente e esforçada, abre o coração e os tesouros. Então, numa generosidade milionária, mostra tudo.” M. Torga, Portugal (1950) Essa outra Estrela só se encontra desbravando caminhos pelos seus muitos trilhos e é tanto o que ela tem para mostrar: formações rochosas únicas, cascatas, lagoas de origem glaciar, ribeiras, prados com espécies raras, vales com os últimos redutos da floresta autóctone, turfeiras e covões que são habitats aquáticos preciosos. É uma montanha com “personalidade” forte que muda, a cada dia e a cada estação, as suas cores, os seus aromas e o seu ambiente, podendo ser no mesmo dia amena e agreste! É essa Serra da Estrela que tenho procurado descobrir e é essa Estrela que esta exposição vos quer mostrar.
Tânia Araújo é Fotógrafa de Natureza desde 2010, tendo algumas das suas fotografias sido em artigos sobre fotografia de vida selvagem e sobre conservação da natureza, nomeadamente na revista "Mundo da Fotografia Digital", revista “Zimbro”, revista “Yupmag”, na revista online "Mundo dos Animais", entre outras. Criou o projecto “Serra da Estrela Selvagem” com objectivo de divulgar a biodiversidade do Parque Natural da Serra da Estrela através da fotografia de natureza. Neste âmbito já promoveu várias exposições e iniciativas de educação ambiental, workshops e publicações. É uma das fundadoras da Plataforma Cívica “Guardiões da Serra da Estrela”.
Website: www.taniaaraujo.com e www.serradaestrelaselvagem.org
Facebook: https://www.facebook.com/serradaestrelaselvagem
TONY CORREIA
Sentir a Estrela - Close to Heaven down to Earth (2017)
Short - 2:35. Equipment: Dji Phantom 3 Pro
Sentir a Estrela, uma viagem transversal pela Serra da Estrela, no seu estado mais puro. 1st Prize Winner TB Drone Festival, Esposende 2017, Milano Montagna, official selection video awards 2018 e seleção oficial do Cine Eco 2018 .
António Correia , nasceu em 1982, na cidade de Oliveira do Hospital, Portugal. Desde cedo demonstrou interesse e aptidão para as artes, nomeadamente escultura, pintura e desenho a carvão. Nos últimos anos, elabora fotografia e videografia à que dedica profundo fascínio e emoção. Com paixão pela imagem tem algumas obras premiadas que resultam no seu olhar e forma de expressão.
VEVA LINAZA
Pintar com e na Natureza - workshop
Saltar pela janela
Quando o pintor romântico saltou pela janela, foi invadido por um desejo incerto de se perder naquilo que até aquele momento havia sido recriado em inúmeros jardins ou modelos de florestas controladas. Belas e ao mesmo tempo terríveis possibilidades de mundos distantes, desconcertantes e cheios de mistério, mostravam-se sob os seus pés. O que não imaginava (talvez) era a encruzilhada à qual seria submetido a partir de então, quando, em seu divagar através de planícies eternas e de colinas onduladas, ele encontrasse a falha através da qual a imaginação e a compreensão deslizam…
Veva Linaza é pintora e professora no Departamento de Pintura da Universidade do País Basco (UPV / EHU). O seu interesse pictórico incide sobre as possibilidades de abordar a paisagem tentando estabelecer uma recuperação e redefinição de discursos romântico-naturalistas. Actualmente a sua pintura desenvolve-se sob uma linha experimental onde o vídeo e a pintura se inter-relacionam para tentar respondera a questões que se originam na prática pictórica. O diálogo que surge entre os dois meios, tem como objectivo reflectir sobre a memória da essência ou fundadamento que compõe os espaços, sobre a evocação inscrita para além do visível. Pintura e vídeo se entrelaçam num loop com a intenção de questionar a realidade pictórica e a sua qualidade representativa, evidenciando o desfasamento entre imagem e expressão. Questões como o que acontece com o movimento da pintura, o que está além da própria linha, ou como se manifesta a passagem do tempo numa tela seca, situam a pintura antes do seu limite temporal, deixando o traço exposto à luz, so movimento ou à escuridão da sombra negra. Veva Linaza tem realizado exposições individuais e colectivas em Bilbau, Madrid e Barcelona e beneficiado de apoios à criação como a bolsa de estudos do Conselho Provincial da Biscaia ou a bolsa de residência artística em Bilbao Art. Actualmente participa na exposição Azimute, em Hasselt, Bélgica, no âmbito de uma colaboração entre a Universidade PXL-MAD / UHasselt e a UPV / EHU, realizada na Cultuurcentrum Hasselt, de 21 de Setembro a 23 de Novembro de 2018.sselt, del 21 de septiembre al 23 de noviembre de 2018.www.vevalinaza.com
Responsável: Veva Linaza
Tema: Pintar com e na Natureza: Fora / Dentro
Data: 5-9 de Novembro
Lugar: UBI e Serra da Estrela, Covilhã
Inscrições: 10 participantes
Duração:15-20h
Taxa de inscrição: 40€ (inclui transportes, materiais, certificado e publicação em catálogo)
Programa:
5 Nov - Visita à Serra, trabalhos in situ
6-7 Nov - Trabalhos em sala e no exterior
7 Nov - Instalação na Galeria das Fornalhas do Museu de Lanifícios
8-Nov 17h - Inauguração da Exposição
8-30 Nov - Exposição
Condições de admissão: Inscrição (v. abaixo) e entrevista
Fora / Dentro
A noção de exploração e aventura que desencadeia o deslocação até à paisagem permite activar um mecanismo experiencial que se concretiza na acção de contemplar e percorrer a natureza, projectando sentimentos e vitalidade nas forças e movimentos que a compõem. Colocamo-nos perante um termo - paisagem - cujas idiossincrasias se baseiam no movimento cíclico e constante que caracteriza o todo orgânico. A paisagem assim concebida constrói-se com base na compreensão do mesmo como matéria, a partir da própria tensão que é gerada no mais profundo de sua configuração e que fomenta uma densa rede onde a emoção e um tipo de organicidade vitalidade são amarrados. Abordar o termo paisagem a partir do seu material permite que a sinestesia surja como um modo perceptivo, que se torna um elemento-chave através do qual se activa nossa sensibilidade afectiva. Possibilita, como propunha J.F. Lyotard classificar a paisagem de acordo com sua "mordiscabilidade", pondo à prova os dentes do aventureiro. O principal objectivo deste workshop é abordar o termo "paisagem" a partir da própria experimentação in situ, mediante o questionamento das diferentes atitudes e procedimentos que podem surgir ao entrar-se num determinado ambiente. Esta proposta estrutura-se em dois momentos diferenciados, um “fora” que implica o trabalho na natureza e o outro “dentro” que é concebido a partir do próprio trabalho desenvolvido no atelier. Ambos os momentos, apesar de diferenciados, conectam-se e alimentam-se mutuamente. A intenção é que as diferentes formas do fazer plástico, que provocam com que ambos os espaços se misturem, estabeleçam uma ponte que aproxima a paisagem (a sua ideia e reflexão) à praxis artística e vice-versa. Assim, a transferência para o atelier de um discurso gerado em contacto com o meio ambiente, inevitavelmente contaminará os modos de falar (muitas vezes fechados) do atelier. Por outro lado, ao deixar o atelier, cada participante arrastará consigo os seus desejos e o seu próprio fazer, o que irá matizando modos muito distintos de procurar, compreender e experimentar a paisagem.
Responsáveis: Abraham Poincheval, Carlos Casteleira, François Parra e Jurgen Nefzger
Tema: Walking the Data / Projeto Entre Serras
Data: 29 Outubro a 3 de Novembro
Local: Museu de Lanifícios, UBI, New Hand Lab, Covilhã
Inscrições: 10 participantes
Duração: 28h
(Inscrições Lotadas)
* Workshop resultante da parceria entre a os cursos de 1º e 2º ciclo em Design e Arquitectura e do Doutoramento em Media Artes da UBI com a École Supérieure d'art d'Aix-en-Provence, França, sendo financiado pelo programa ERASMUS+ e pelo Ministerio da Cultura Francês (Walking the Data).
Durante o workshop, os participantes irão explorar o território da Covilhã, o seu património, arquitectura e paisagem natural, rural, urbana e mesmo pós industrial. Este workshop convoca a percepção visual, mas também a experiência háptica do corpo e dos sentidos. Funciona num contexto interdisciplinar (arquitectura / cartografia / fotografia / vídeo / som / performance / vídeo e cinema / multimédia), e tentará promover o trabalho de campo com a utlização do software Walking The Data / Plotmap e a exploração do potencial técnico e conceptual desta plataforma online para a concepção de conteúdos para diversos dispositivos e fins. Pretende-se ainda que este workshop funcione como um primeiro momento na criação de um Observatório da Paisagem (fotografia, cartografia e território).
Professores / artistas participantes: Abraham Pointcheval (performance), François Parra (Walking the Data e som), Jürgen Nefzger e Carlos Casteleira (fotografia) e Rita Ochôa, Sara Velez e Francisco Paiva, dos cursos de Arquitetura, Design Multimédia e Media Artes da UBI.
Estudantes ESAAix : Zixuan He, Priscila Lima, Lola Dubus, Binjee Luan, Leslie Astier, Angela Maya.
Estudantes UBI: Marta António, Virgínia Garbin, Thais Longaray, Marisa Lopes, Pedro Fernandes, António Diogo, Luis Gonçalo, Alicja Seklecka.
Responsáveis: Ana Pascoal / António Santos Meireles
Tema: Montanhas no meu Caminho
Data: 3 de Novembro
Hora: 14h-17h
Duração: 3h
Local: Foyer do Museu de Lanifícios da UBI - Real Fábrica Veiga, junto à ribeira da Goldra, Covilhã
Inscrições: 5 a 15 participantes
Taxa de inscrição: 20€ (inclui materiais, publicação no catálogo e certificado)
Condições de admissão: Inscrição e Entrevista
Na representação de espaços e formas através do desenho o processo não constitui dificuldade de maior em condições regulares de desenvolvimento. Como poderia ser? Praticamo-lo desde sempre e desde sempre a prática nos conduziu ao controlo de técnicas na mediação entre meios e suportes e o que pretendemos representar. O controlo que da experiência passada colhemos permite enfrentar o presente e em grande medida, antecipar o futuro, cumprindo-se o desenho como corolário não apenas do processo e da circunstância em si, mas de toda a nossa experiência anterior. — O que acontece quando o controlo que tão demorada e denodadamente desenvolvemos é posto em causa? — Partamos para uma viagem onde subiremos montanhas, que mais que obstáculos, serão meios para melhor compreender as viagens da nossa vida.
A inscrição nos Workshops carece de formalização, sendo necessário enviar o comprovativo de pagamento por transferência do montante respectivo para o e-mail: montanhamagica@labcom.ubi.pt, acompanhado dos seguintes elementos:
DANIEL MOREIRA / RITA CASTRO NEVES
Residir é mais um atravessar
Na nossa residência de uma semana serrana, residir é mais um atravessar. A cadência do caminhar diário marca o passo e a perspetiva sobre o lugar, a que se juntam as pausas: tempos para parar, tempos para pensar. E para recolher também: objetos e imagens – as mentais e as outras. E da entidade una da montanha, matérias por vezes despegam-se. São paus, ramos, pedras, frutos, pequenos animais, nevoeiro. Coisas intrigantes com as quais tentamos relacionar-nos, recuperar uma imagem na relação connosco e com a sua origem. Tudo é da montanha e tudo é de outra coisa também. O trilho é circular, e vão-se descobrindo coisas no percurso.
Daniel Moreira e Rita Castro Neves, Serra da Estrela, Junho 2018.
Daniel Moreira e Rita Castro Neves
Artistas portugueses que vivem e trabalham no Porto, com percursos expositivos separados, trabalham desde 2015 em colaboração. Daniel Moreira é licenciado em Arquitectura, iniciando em 2000 um percurso multidisciplinar entre a arquitectura e as artes plásticas. Rita Castro Neves, após terminar o Curso Avançado de Fotografia do Ar.Co em Lisboa e o Master in Fine Art da Slade School of Fine Art de Londres, inicia uma atividade artística regular, de docência (atualmente na Faculdade de Belas Arte do Porto) e de curadoria (sobretudo na área da performance). Com Laking, que realizaram em 2015 a convite do espaço artístico finlandês Oksasenkatu 11, iniciam um projeto longo a propósito da representação da paisagem, em que refletem com o desenho, a fotografia e o vídeo, de forma instalada, sobre colaboração artística, diferentes técnicas e culturas artísticas, território, escala e percurso. Mostrando na Galeria Bang Bang (Lisboa, 2016), Galeria Oitavo (Porto, 2017), Fundação José Rodrigues (Porto, 2017), na Sput&nik The Window (Porto, 2017), no Museu da Imagem nos Encontros da Imagem de Braga (Braga, 2017), no Colégio das Artes (Coimbra, 2017), Galeria Bolsa de Arte (São Paulo, 2017), no Museu Geológico de Lisboa (Lisboa, 2018), na Casa Museu Medeiros e Almeida (Lisboa, 2018), na igreja românica do Mosteiro de São Salvador de Bravães (projeto Portas do Tempo, Ponte da Barca, 2018), no Camões - Centro Cultural Português de Maputo (Moçambique, 2018) e no Paço Imperial do Rio de Janeiro, com uma exposição coletiva, com os curadores António Olaio e Malu Fatorelli (Setembro, 2018). A nossa parte da exposição foi apoiada pelo Programa Shuttle – Programa de Internacionalização Artística / Programa Pláka da Câmara Municipal do Porto. No Planetário do Porto, Sem Imago Mundi, Antes um Desvio Aleatório, com curadoria Eduarda Neves, de 13 de Outubro a 16 de Novembro de 2018. Em maio de 2018 estiveram em residência em Alvito (Residência Inter.meada / Coleção Marín Gaspar), em Junho na Serra da Estrela (Montanha Mágica, UBI – Universidade da Beira Interior) e durante o mês de julho em Maputo, Moçambique, Instituto Camões. Em agosto de 2017 estiveram em residência artística na Residência Paulo Reis do Ateliê Fidalga em São Paulo, apresentando no final uma exposição individual, e em outubro de 2017 realizaram uma viagem de estudo ao Japão com a Bolsa de Estudo de Curta Duração da Fundação Oriente. Próximas exposições: Da terra acesa, Sput&nik The Window, Porto, inauguração 24 de Novembro de 2018; Playlist, Café Candelabro, Porto, Dezembro de 2018, curador: Nuno Ramalho, Dezembro 2018; Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Lisboa, Março 2019; Inter.meada /Coleção Marín Gaspar, Alvito, Maio de 2019, Bienal de Fotografia do Porto, Junho 2019, curador: Virgílio Ferreira / Ciclo . Plataforma de Fotografia.www.danielmoreira.net | http://ritacastroneves.com/
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WALKING THE DATA - CARTOGRAFIA E TERRITÓRIO
Museu de Lanifícios, Auditório da Real Fábrica Veiga, Covilhã - 30 Outubro, 11h30
Abraham Poincheval ESAAIX
Carlos casteleira ESAAIX
François Parra ESAAIX
Nesta conferência os artistas e professores da escola de Aix-en-Provence apresentarão uma panorâmica sobre os seus itinerários artísticos, com enfoque nos últimos trabalhos realizados no âmbito de residências artísticas e workshops, com particular ênfase nos workshops “Walking the Data” precedentes, realizados no Porto em Fevereiro de 2016 e em Lisboa, em Março 2017, em parceria com a FBAUP e com o colectivo GRILO (Sofia Aguiar e Tomas Colaço) ou ainda Cartographier la mer em Novembro 2018.
http://carlos.casteleira.ecole-art-aix.fr/#/ ,
http://lx_grilo.esaaix.fr/# ,
http://walking-the-data.esaaix.fr/
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LANDSCAPES OF ECONOMY / PAISAGENS DA ECONOMIA
New Hand Lab, Covilhã - 31 Outubro, 11h30
Jürgen Nefzger ESAAIX
O que mais gosto na fotografia é a relação muito directa que ela estabelece com a realidade. Não pode ser desconectada do assunto. Ao adotar um estilo documentário, exploro temas intimamente ligados ao impacto da sociedade no meio ambiente, o que me permite assumir uma postura política no mundo. Percebo a paisagem contemporânea e seus aspectos conflitantes como simbólicos das evoluções de uma sociedade de consumo em crise. Questionar aspectos ambientais é um leitmotiv no meu trabalho. Anteriormente, nos anos 90, concentrei-me nos subúrbios e nos fracassos do planeamento urbano e abordei questões como a poluição ou a energia nuclear desde a passagem do século. Nos projectos actuais, exploro formas de trabalhar em paisagens moldadas pela crise financeira e económica que estamos vivendo hoje.
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TOPOFILIA
Auditório da Biblioteca - 8 Novembro, 12:00
Rayman Virmond UBI PT
Temas: Geografia da percepção; Estudos da paisagem; Fenomenologia; Geomorfologia; Cinema experimental
Duração: 06'43" | HD 1920 x 1080 | 16:9 | preto e branco | 2017
Créditos: Direção, Direção de Fotografia, Som direto, Edição: Rayman Virmond
Desenho de som: Leonardo Gumiero e Lorenzo Molossi
Produção de som: Víscera
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SENTIR A ESTRELA
Auditório da Biblioteca - 8 Novembro, 12:15
Tony Correia PT
Tema: Sentir a Estrela - Close to Heaven down to Earth.
Viagem transversal pela Serra da Estrela, no seu estado mais puro.
Duração: Short 2’ 35” (2017)
Equipment: Dji Phantom 3 Pro
1st Prize Winner TB Drone Festival 2017
Datas | Artistas | Título | Local |
8- 30/11 | Daniel Moreira Rita Castro Neves |
Residir é mais um atravessar | Museu de Lanifícios - Sala RFV (espaço cafetaria) |
8- 30/11 | Inés García | Winterreis | Biblioteca da UBI - Átrio |
8- 30/11 | Tânia Araújo | Cumes e recantos mágicos da Serra da Estrela | Biblioteca da UBI - Átrio |
8- 30/11 | Veva Linaza | Pintar con y en la Naturaleza | Museu de Lanifícios - Galeria das Fornalhas |
8- 30/11 | Ana Pascoal | Montanhas no meu Caminho | Museu de Lanifícios - Galeria das Vitrines |
8- 30/11 | António Santos | De Montanha a Montanha | Museu de Lanifícios - Galeria das Vitrines |
8- 30/11 | Francisco Paiva | A Forma da Montanha | Museu de Lanifícios - Galeria das Fornalhas |
8/11 - 17/12 | Micaela Vivero | Corrente (Projecto Entre Serras) | Museu de Lanifícios - Galeria de exposições temporárias |
8/11 - 17/12 | Rodrigo Braga | (Projecto Entre Serras) | Museu de Lanifícios - Galeria de exposições temporárias |
8/11 - 17/12 | Erik Samakh | Instalação - Pirilampos (Projecto Entre Serras) | Museu de Lanifícios - Galeria de exposições temporárias |
Nuno Meireles
Transmedia Pastoril da Serra da Estrela.
Depois da primeira apresentação em 1527, por Gil Vicente, da Tragicomedia Pastoril da Serra da Estrela, não ouvimos mais as suas vozes, nem sabemos bem como se moviam ou era a sua presença. A palavra impressa em livro registou e informa-nos, mas reduz inevitavelmente a um medium o que se passava em vários. O tempo presente dota-nos de outros registos do performativo, mas também de instrumentos de criação. Portanto, seguindo a atenção de Gil Vicente às novidades do seu tempo, também nesta “Transmedia Pastoril da Serra da Estrela”, se explora vídeo, voz gravada, presença e as palavras escritas por Gil Vicente. Recriação e performance de Nuno Meireles, invocando a montanha da Serra da Estrela, a montanha de media à disposição, e a montanha da fortuna crítica sobre o texto presente. (Performance - Video, voz, palavra e presença)
O evento é aberto e gratuito para toda a comunidade da Universidade da Beira Interior, mas a inscrição é obrigatória, através de email para o efeito dirigido a montanhamagica@labcom.ubi.pt, indicando o Nome, Departamento e Faculdade.
Os participantes externos à UBI e os elementos internos que desejem obter a documentação do evento, deverão pagar uma taxa de inscrição no valor de 10€. A taxa de inscrição inclui: documentação, coffee breaks, participação e certificado (digital). Para formalização da inscrição é necessário enviar um email para: montanhamagica@labcom.ubi.pt com a seguinte informação:
Francisco Paiva, FAL Universidade da Beira Interior PT
Rita Sixto, FBA Universidad del País Vasco / Euskal Herriko Unibersitatea ES
António dos Santos Pereira, FAL Universidade da Beira Interior PT
António José Santos Meireles, Instituto Politécnico de Bragança PT
António Delgado, ESAD Instituto Politécnico de Leiria PT
Adriana Veríssimo Serrão, FL Universidade de Lisboa PT
Alastair Fuad-Luke, University of Bozen-Bolzano IT
Ana Leonor Madeira Rodrigues, FA Universidade de Lisboa PT
Carmen Bellido Márquez, FBA Universidad de Granada ES
Carmen Marín Ruiz, FBA UC Madrid Grupo Humanidades Ambientales ES
Catarina Moura, FAL Universidade da Beira Interior PT
Eduardo Paz Barroso, Universidade Fernando Pessoa PT
Fernando Garcia-Dory, inland - art, agriculture & territory ES
Francisco Tiago A. Paiva, FAL Universidade da Beira Interior PT
Hélène Saule-Sorbé, FBA Université Bordeaux 3 FR
João Castro Silva, FBA Universidade de Lisboa / Luzlinar PT
João Paulo de Araújo Queiroz, FBA Universidade de Lisboa PT
Joaquim Mateus Paulo Serra, FAL Universidade da Beira Interior PT
José Maria da Silva Rosa, FAL Universidade da Beira Interior PT
Josu Rekalde Izagirre, FBA Universidade do País Basco ES
Juan Guardiola Román, Centro de Arte y Naturaleza, Huesca, ES
Luís Nogueira, FAL Universidade da Beira Interior PT
Luísa Rita Brites Salvado, FE Universidade da Beira Interior PT
Manuela Penafria, FAL Universidade da Beira Interior PT
Manuela Pires da Fonseca, A Ribeira a Gostar dela Própria PT
Miguel Santiago Fernandes, FE Universidade da Beira Interior PT
Pedro Gadanho, MAAT, Museu de Arte Arquitectura e Tecnologia PT
Paulo Oliveira Freire Almeida, EA Universidade do Minho PT
Paloma Villalobos, FBA Universidad Complutense de Madrid / Matadero ES
Rita Ochôa, FE Universidade da Beira Interior PT
Rita Sixto Cesteros, FBA Universidad del País Vasco ES
Txemi García Mediero, FBA Universidad del País Vasco ES
Veva Linaza Vivanco, FBA Universidad del País Vasco ES
Victor Manuel Pissarra Cavaleiro, FE Universidade da Beira Interior PT
António Fidalgo, Reitor da Universidade da Beira Interior
Vítor Pereira, Presidente da Câmara Municipal da Covilhã
José Armando Serra dos Reis, Presidente da ADERES
LabCom.IFP, Grupo de Artes e Humanidades - Universidade da Beira Interior, Covilhã, Portugal
LaSIA, Universidade do País Basco, Bilbau, Espanha
Francisco Paiva, Coordenação Geral / francisco.paiva@labcom.ubi.pt
Mércia Pires, Secretariado / mercia.pires@labcom.ubi.pt +351 275 242 023 / ext. 1201
Sara Constante, Design
Susana Costa, Web Developer
Édi Aires, Web Developer / Informático
A Ribeira a Gostar dela Própria, São Domingos, Covilhã, http://www.ribeiradesaodomingos.ubi.pt/
Associação LUZLINAR, Feital, Trancoso, http://www.luzlinar.org/
COOLABORA - Cooperativa de Intervenção Social www.coolabora.pt
Cursos de Design Multimédia, 1º e 2º Ciclo, UBI https://www.ubi.pt/curso/33
Cursos de Cinema, 1º e 2º Ciclo, UBI https://www.ubi.pt/curso/57
Doutoramento em Media Artes da Universidade da Beira Interior. http://media-artes.ubi.pt/
École Supérieure d'art d'Aix-en-Provence, França www.ecole-art-aix
Facultad de Bellas Artes de la Universidad del Pais Vasco, Bilbau, Espanha.www.ehu.eus/es/web/bellasartes
Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior - www.museu.ubi.pt
New Hand Lab. www.newhandlab.com
Projeto Entre Serras - PES, https://projetoentreserras.wordpress.com
Stellae* Revista de Arte.http://ojs.labcom-ifp.ubi.pt/index.php/stellae
Universidade da Beira Interior
Fundação para a Ciência e a Tecnologia
Câmara Municipal da Covilhã
Águas da Covilhã, EM
Ministério do Ambiente
ENEA2020 - Estratégia Nacional de Educação Ambiental - Fundo Ambiental
Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior
ADERES - Associação de Desenvolvimento Estrela Sul
Erasmus+
PESTANA - Pousadas de Portugal
Geral:
Universidade da Beira Interior
Faculdade de Artes e Letras
Departamento de Comunicação e Artes
Rua Marquês D'Ávila e Bolama
6201-001 Covilhã, Portugal
MM*2018